A acusação de mais médicos é um golpe diplomático, afirma Embaixada dos EUA
A Representação afirma que Washington está responsabilizando os envolvidos em “esquema coercitivo de exportação de mão de obra”.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil declarou que o programa Mais Médicos representou um golpe diplomático que utilizizou médicos cubanos e que “enriquecimento do regime cubano corrupto”. A publicação ocorreu um dia após os EUA anunciarem sanções a brasileiros e ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) envolvidos no programa.
Não há dúvidas: os EUA continuarão responsabilizando todos os indivíduos ligados a esse esquema coercitivo de exportação de mão de obra.
A participação de trabalhadores cubanos no programa Mais Médicos foi uma das justificativas utilizadas pelos Estados Unidos para revogar na quarta-feira (13.ago.2025) os vistos de funcionários e ex-funcionários do governo brasileiro, além de ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e familiares. Segue a íntegra do comunicado (PDF – 247 kB).
Funcionários foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado. O esquema serviu para enriquecer o corrupto regime cubano e privar a população de Cuba de cuidados médicos essenciais.
O texto menciona Mozart Julio Tabosa Sales, Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ex-diretor de Relações Externas da Opas e atual coordenador-geral da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) para a COP30.
A declaração afirma que, no âmbito do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades utilizaram a Opas como intermediária com o governo cubano para implementar o programa, contornando os requisitos constitucionais brasileiros, as sanções dos Estados Unidos a Cuba e, de forma deliberada, pagando ao regime cubano o que seria destinado aos profissionais de saúde cubanos.
De acordo com o comunicado, “médicos cubanos que participaram do programa relataram terem sido explorados pelo regime cubano como parte dele”.
Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Luisa Rany, sob a supervisão do editor Guilherme Pavarin.
Fonte por: Poder 360