A Alemanha lança novo convulso para fornecer assistência a Gaza
Ativista sueca afirma que dezenas de embarcações zarparão da Espanha; em junho, foi deportada do país com outros integrantes do barco Madleen.

A ativista sueca Greta Thunberg anunciou no domingo (10 de agosto de 2025) que uma nova frota partirá da Espanha em 31 de agosto com o propósito de fornecer assistência humanitária à Faixa de Gaza.
Greta postou um vídeo no Instagram acompanhada de outras ativistas. Na publicação, a sueca afirma que se trata da maior iniciativa de “romper o bloqueio israelense sobre Gaza com dezenas de embarcações”.
A ativista declarou que as embarcações se encontrarão com outras organizações no dia 4 de setembro, saindo da Tunísia e de diversos portos. A campanha visa mobilizar pelo menos 44 países em manifestações simultâneas e ações em solidariedade com a Palestina, acrescentou.
Não se trata da primeira vez que Greta tenta levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Em junho, ela foi deportada de Israel, assim como todos os integrantes do barco Madleen, incluindo o brasileiro Thiago Ávila.
Thiago é ativista e concorreu a deputado federal pelo PSOL nas eleições de 2022. É membro do comitê diretor da Freedom Flotilla Coalition, coalizão internacional que organiza missões marítimas com o objetivo de romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza por Israel.
O Gabinete de Segurança de Israel aprovou na última sexta-feira (8.ago) a proposta de Netanyahu para exercer o controle da Cidade de Gaza “enquanto distribui assistência humanitária à população civil fora das zonas de controle”.
O plano abrange cinco pilares: o fim do armamento do Hamas; o retorno seguro de todos os sequestrados; a desmilitarização de Gaza; o controle de segurança de Israel na Faixa de Gaza; e a criação de uma administração civil alternativa, não pertencente ao Hamas ou à Autoridade Palestina, para governar o território.
Na quinta-feira (7 de agosto), Netanyahu declarou em entrevista à Fox News que pretende exercer o controle militar completo sobre a cidade de Gaza, a maior das sete que formam a Faixa de Gaza, e, posteriormente, transferir a administração do território a forças árabes que “governam adequadamente”.
A divulgação do planejamento provocou críticas. O governo brasileiro declarou “deplorar” a decisão israelense de expandir as operações militares na Faixa de Gaza. Na nota, o Itamaraty afirmou que a medida “deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina, assolada por cenário de mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”. Os cinco países europeus que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiram uma declaração conjunta no domingo (10.ago.2025) condenando a decisão de Israel. Os ministros das Relações Exteriores da Turquia e do Egito se reuniram no sábado (9.ago) e disseram que os países muçulmanos devem agir em uníssono para se opor aos planos de Israel.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas contra o território israelense. O grupo palestino matou 1.200 pessoas e sequestrou 251 reféns. Israel respondeu com uma ofensiva militar, incluindo bombardeios aéreos e operações terrestres.
Fonte por: Poder 360