ACM Neto declara que não existe possibilidade de articulação com o PT
Líder do União Brasil declara que não é justificável a nomeação de pessoas para cargos no governo de uma federação “que não terá participação”.

O presidente do União Brasil, ACM Neto (BA), declarou nesta terça-feira (19.ago.2025) que a federação União Brasil não terá alinhamento com o governo Lula nem com o PT, e se apresenta como alternativa política para 2026.
Não identifico possibilidade de convergência com o governo nem de articulação com o PT, declarou a jornalistas durante evento que oficializou a federação.
ACM argumenta que a organização possui a capacidade e o peso necessários para promover a moderação no cenário político e combater o extremismo.
É fundamental não ter cargos no governo para garantir independência e liberdade de crítica, afirmou o dirigente.
Ele enfatizou que a decisão sobre a saída de filiados da federação que exercem cargos ministeriais ainda deverá ser analisada após a homologação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ele afirmou que há urgência, considerando não ser viável a ocupação de cargos no governo que o União-PP “certamente não fará parte” em 2026.
Considero urgente discutir a saída de qualquer membro que faça parte dos partidos que compõem a federação do governo. É uma situação que certamente causa desconforto e transtornos.
O objetivo, na visão de ACM Neto, é desenvolver um projeto político de centro-direita que represente uma opção nas próximas eleições.
Ele se mostrou mais veemente durante o pronunciamento: afirmou que o posicionamento da federação é de oposição ao PT. “E o próximo presidente que não seja do PT, sairá daqui hoje”, declarou.
A União Progressista reúne União Brasil e PP, detendo 109 deputados, 15 senadores e quatro ministérios no governo federal.
Na Bahia, seu reduto eleitoral, ele declara que o objetivo é construir uma oposição unificada para confrontar o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Uma pesquisa recente indicou que, caso as eleições ocorressem hoje, o ex-prefeito de Salvador obteria a maior votação para o governo da Bahia no 1º turno, com 53,5% contra 28,1% do governador.
Agora, a missão é conversar com outros partidos que fazem oposição ao PT e constituir uma ampla oposição, de preferencialmente uma única.
Fonte por: Poder 360