AGCO registra crescimento impulsionado pela alta demanda no Cerrado

Dona das marcas Massey Ferguson, Valtra, Fendt e Ptx projeta aumento de 5% a 6% nas vendas no Brasil, acompanhando o mercado.

01/12/2025 7:30

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(Imagem de reprodução da internet).

AGCO projeta crescimento nas vendas no Brasil até 2026

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas, espera aumentar suas vendas no Brasil até 2025, impulsionada pela demanda por equipamentos para grãos no Cerrado. A empresa, que possui marcas como Massey Ferguson, Valtra e Fendt, prevê um crescimento de 5% a 6% nas vendas, alinhado com o desempenho do mercado.

Rodrigo Junqueira, gerente-geral da AGCO para a América do Sul, destaca que a melhora na safra e o bom momento da pecuária são fatores que contribuem para esse crescimento. Para 2026, a expectativa é de um crescimento adicional de 3% a 5%, com a necessidade dos agricultores de renovar suas frotas e a previsão de redução nas taxas de juros.

Demanda por consórcios e expansão da Fendt

A demanda por consórcios aumentou este ano, com agricultores buscando essa alternativa devido à dificuldade de renovar suas frotas em meio ao aumento dos juros. Junqueira informa que, até outubro, a modalidade na linha Massey Ferguson cresceu 35%.

A AGCO também iniciou operações na Argentina com a marca Fendt, prevendo a abertura de três concessionárias na região de Buenos Aires. O portfólio incluirá tratores, pulverizadores e colheitadeiras, com a meta de conquistar metade do mercado argentino até 2026.

Oportunidades e crescimento no setor

Os altos juros e a restrição de crédito têm levado os agricultores a buscar consórcios para financiar máquinas da New Holland, que registrou R$ 1,1 bilhão em vendas nessa modalidade de janeiro a outubro, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste foram responsáveis pela maior parte desse volume.

A Fortgreen, fabricante brasileira de fertilizantes, projeta um faturamento de R$ 1 bilhão em 2026, impulsionado pelo lançamento de novos produtos e expansão de mercado. A empresa já alcançou R$ 804 milhões em 2024 e planeja investir R$ 28,3 milhões na melhoria de seus processos fabris.

Desempenho da VLI e crescimento do crédito ESG

A VLI teve um outubro recorde, movimentando 4,05 bilhões de TKU nas ferrovias e 4,04 milhões de toneladas nos portos, com o transporte de grãos contribuindo significativamente para esse desempenho. O volume de grãos transportados nas ferrovias aumentou 14% em comparação ao ano anterior.

O Banco do Brasil reporta um crescimento nos financiamentos ligados à sustentabilidade no agronegócio, com R$ 173 bilhões da sua carteira de agro já com carimbo ESG. A expectativa é de um crescimento de R$ 30 bilhões nos próximos anos, visando alcançar R$ 500 bilhões em carteira ESG até 2030.

Perspectivas para o setor de soja

André Pessôa, presidente da Agroconsult, acredita que um equilíbrio entre oferta e demanda global de soja em 2026 pode interromper a queda de preços. Ele projeta que a produção se alinhará ao consumo, o que pode resultar em melhor rentabilidade para os sojicultores.

Fonte por: Estadao

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