Alckmin afirma: “Não há outro país melhor que o Brasil”

O vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, respondeu no sábado (16.ago.2025) às críticas apresentadas na quinta-feira (14.ago) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmara que o Brasil era um “parceiro comercial terrível”.

Alckmin afirmou que os Estados Unidos “não têm parceiro melhor que o Brasil”. Declarou que 74% das exportações norte-americanas entram no país sem tarifa de importação e que a alíquota média é de 2,7%. Afirmou ainda que, entre as 20 maiores economias do mundo, os EUA registram superávit comercial só com Austrália, Reino Unido e Brasil.

Em visita a uma concessionária em Brasília, o vice-presidente criticou o que considerou ser uma atuação de “maus brasileiros contra o interesse do país”, de forma “injusta”, em referência ao encontro do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ocorrido na quarta-feira (13.ago). No mesmo dia, Bessent cancelou uma reunião remota com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Obstáculos Tarifários

Quando Donald Trump se refere ao Brasil como um “parceiro terrível”, o governo brasileiro costuma responder que há superávit dos Estados Unidos em relação ao Brasil. Essa afirmação é verdadeira. Contudo, a situação é um pouco mais complexa. Em geral, as tarifas brasileiras tendem a ser sempre mais elevadas do que as norte-americanas. O Poder360 já abordou esse tema e apresentou diversos exemplos.

No caso do etanol, por exemplo, os EUA cobram uma tarifa de 2,5% para receber o combustível brasileiro. Já o Brasil cobra uma tarifa de 20% se alguma usina norte-americana enviar etanol para cá. Segundo o USTR, uma espécie de Ministério do Comércio Exterior norte-americano, a equalização nas tarifas de etanol poderia aumentar as vendas do Brasil em cerca de R$ 3 bilhões por ano.

Fonte por: Poder 360