Aliare projeta crescimento significativo até 2026
A Aliare, uma empresa de Goiânia especializada em sistemas de gestão para o agronegócio, estima um faturamento de R$ 230 milhões em 2026, representando um aumento de 28% em relação aos R$ 180 milhões previstos para este ano. Seus softwares são utilizados para gerenciar vendas, estoque, finanças e o relacionamento com clientes em distribuidoras de insumos, concessionárias de máquinas, cooperativas e fazendas. Atualmente, a Aliare atende mais de 5 mil empresas no Brasil e no Paraguai, com cerca de 70 mil usuários ativos diariamente.
Fundada em 2021 com o apoio do BTG Pactual, a Aliare combina desenvolvimento interno com aquisições estratégicas em segmentos complementares, conforme explica Carlos Barbosa, CEO e fundador da empresa.
Crescimento no setor de biscoitos e pães
A indústria de biscoitos, massas, pães e bolos deve crescer 5% em 2023, alcançando R$ 72 bilhões, segundo a Abimapi, com base em dados da NielsenIQ. O volume total deve aumentar em 1%, totalizando 4 milhões de toneladas. As categorias que mais contribuem para esse crescimento incluem bolos, misturas para bolos, pães e massas, com aumentos significativos em suas receitas.
O crescimento é impulsionado principalmente pelos jovens, que têm mostrado maior interesse por pães industrializados, enquanto os bolos se destacam em lares de perfil mais maduro.
Expectativas para o futuro do setor
Para os biscoitos, que representam a maior parte do faturamento do setor, a previsão é de um aumento de 2% na receita, atingindo R$ 34 bilhões em 2025. Claudio Zanão, presidente da Abimapi, atribui esse crescimento ao forte investimento da indústria em novos produtos que atendem às demandas dos consumidores, com expectativas otimistas para 2026.
Iniciativas de sustentabilidade na indústria de frango
A GTF, uma das principais indústrias de frango do Brasil, localizada em Maringá (PR), finalizou um investimento de R$ 58 milhões em modernização e sustentabilidade. A empresa alcançou 99,7% de consumo de energia renovável, utilizando sistemas fotovoltaicos e biodigestores, além de ter conseguido um reaproveitamento de 89% de resíduos, totalizando mais de 22 mil toneladas de cama aviária reciclada.
Essas iniciativas ambientais resultaram em uma redução de 48% nas emissões de escopo 3 e melhoraram a eficiência hídrica da operação, com uma diminuição de 27% no consumo de água em sua unidade em Terra Boa (PR).
Financiamento e certificação no agronegócio
A GCB estruturou um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) no valor de R$ 30 milhões para a Avanço Agropecuária. Os recursos serão utilizados para alongar passivos e financiar a safra da empresa, que possui 10 mil hectares de terras agricultáveis. Victor Moura, diretor de mercado de capitais da GCB, destaca que, em um cenário de restrição de crédito rural, o setor agropecuário busca cada vez mais alternativas de financiamento no mercado.
Participação do agronegócio nas conferências climáticas
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a agricultura brasileira terá um papel ativo nas Conferências do Clima após a COP-30. Historicamente, o setor ficava à margem das discussões climáticas, mas Fávaro acredita que isso mudou, enfatizando a necessidade de uma convivência mais harmoniosa entre a agricultura e as questões ambientais.
Debate sobre clima e agronegócio no Summit Agro 2025
Na próxima quinta-feira (27), autoridades, produtores rurais e representantes do agronegócio se reunirão no Summit Agro 2025 para discutir a relação entre o agronegócio e o meio ambiente. O evento, promovido pelo Estadão, abordará a crise climática, soluções e desafios enfrentados pelo setor, além de perspectivas futuras.
Fonte por: Estadao
