Análise: Encontro entre Xi e Trump é considerado triunfo para a China

Governo chinês reage às tarifas de Washington com medidas próprias, destacando sua força econômica.

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Presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, durante reunião do G20, em Osaka, no Japão, em 2019

Presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, durante reunião do G20, em Osaka, no Japão, em 2019

Encontro Histórico entre Xi Jinping e Donald Trump

O líder chinês Xi Jinping se prepara para um encontro significativo com Donald Trump, que ocorrerá esta semana. Este evento representa uma oportunidade para a China se afirmar como igual aos Estados Unidos no cenário global, algo que Pequim busca há muito tempo.

A guerra comercial promovida por Trump desafiou as ambições de Xi em termos de crescimento e inovação. No entanto, essa situação também proporcionou à China uma chance de demonstrar sua força econômica em um momento de destaque internacional.

Enquanto muitos países tentavam agradar Trump e negociar a redução das tarifas globais, a China adotou suas próprias medidas, levando ambos os lados a uma trégua. Recentemente, após regras dos EUA que afetaram o acesso da China à tecnologia americana, Pequim anunciou uma expansão dos controles de exportação sobre minerais raros, o que gerou tensões e ameaças de tarifas adicionais por parte de Trump.

Expectativas para o Encontro

Xi e Trump se encontrarão à margem de uma cúpula internacional na Coreia do Sul, marcando o primeiro encontro cara a cara desde o início do segundo mandato de Trump. Espera-se que os líderes discutam um quadro para gerenciar suas relações econômicas, embora Pequim ainda não tenha confirmado oficialmente as conversas.

O que cada lado está disposto a ceder permanece incerto, mas este encontro representa um marco em uma competição complexa entre as duas superpotências. Xi entra na reunião com uma nova realidade nas relações EUA-China: a China está disposta a negociar, mas não se deixará intimidar.

Desafios e Estratégias da China

Apesar das expectativas, os riscos para Xi são elevados. Em vez de colaborar com os EUA em questões globais, Pequim percebe que Washington tenta conter sua ascensão por meio de tarifas e controles tecnológicos. As tarifas atuais, que superam 50% em média, pressionam a economia chinesa, já em desaceleração.

Enquanto os EUA destacam a habilidade de Trump em pressionar a China, Pequim acredita que está preparada para o confronto. A China diversificou seu comércio, reduzindo a dependência do mercado americano, e busca acelerar a inovação para diminuir a necessidade de produtos dos EUA.

Pequim se protege contra futuros choques, com um plano quinquenal focado na autossuficiência tecnológica. A percepção é de que a China está calma diante das dificuldades criadas pelos EUA, que, segundo analistas, estão perdendo importância no panorama chinês.

Possíveis Resultados do Encontro

Após negociações recentes, ambos os lados sinalizaram otimismo. O secretário do Tesouro dos EUA sugeriu que a China poderia adiar seus controles sobre metais raros, enquanto os EUA recuariam na ameaça de tarifas. No entanto, a falta de declarações oficiais da China gera incertezas sobre um possível consenso.

As prioridades de Xi incluem a redução de tarifas e a reversão de controles de exportação. Para isso, ele pode estar disposto a flexibilizar os controles sobre metais raros, que visam coagir os EUA a limitar sanções a setores específicos.

O sucesso dessas negociações será testado no encontro, onde a expectativa é que Trump trate Xi com respeito e cordialidade. A dinâmica entre os dois líderes, que se encontraram pela última vez em 2019, será crucial para o avanço das relações bilaterais.

Fonte por: CNN Brasil

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