Anitta e Luciano Huck participam de celebração indígena na Terra Indígena do Xingu
A cantora e o apresentador gravaram durante o ritual Kuarup, do povo Kuikuro, para o programa “Domingão do Huck”.
A cantora Anitta e o apresentador Luciano Huck participaram, no sábado (16.ago.2025), de um ritual indígena, o Kuarup, que é uma celebração sagrada do povo Kuikuro. O ritual ocorreu na aldeia Ipatse, situada na TI (Terra Indígena) do Xingu, no nordeste do Mato Grosso.
O cineasta Bob Kuikuro registrou a participação de Anitta no ritual, conforme informações da página Mídia Indígena Oficial, que fez parte de uma gravação para o programa “Domingo do Huck”, da TV Globo.
A cantora também se reunirá neste domingo (17 de agosto) com o cacique Raoni, liderança da TI Capoto/Jarina, que se localiza, ainda, no Mato Grosso.
Em um dos vídeos publicados por Bob Kuikuro, Anitta manifestou sua emoção por participar do ritual. “Eu só tenho a agradecer pelo convite, e por cuidar da nossa natureza e por continuar lutando, persistindo, resistindo, porque eu sei muito bem como é a força contrária para acabar com o território indígena, para acabar com a cultura”, declarou.
Podem sempre contar comigo, tanto em assuntos pequenos quanto grandes. É a primeira vez que tenho a oportunidade de estar presente e já tentei de todas as formas apoiar da melhor maneira possível. Estou muito emocionada por estar aqui hoje,
Em outra ocasião, o apresentador Luciano Huck dialoga com o cineasta Takumiã§ Kuikuro acerca do ritual Kuarup. “Somos os guardiões da floresta e o povo originário desta terra”, declarou Takumiã§, já pintado para o ritual, que simboliza o encerramento do período de luto, de 1 ano. “Essa pintura representa o sagrado para nós”.
O ritual Kuarup é uma prática ancestral dos povos indígenas da região amazônica, caracterizada pela realização de um lançamento de fogo, com o objetivo de invocar o espírito do fogo, considerado guardião da flore
O Kuarup é um ritual fúnebre que, conforme dados da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), é sempre realizado um ano após o falecimento de familiares indígenas.
Pilares de madeira simbolizam cada indivíduo homenageado. São posicionados no centro do quintal da comunidade, decorados, como foco central do rito. Ao redor deles, a família presta homenagem aos falecidos, permanecendo acordados durante toda a noite, lamentando e orando por seus entes queridos que não estão mais entre os vivos. É o adeus final.
A cerimônia de iniciação das jovens que entram na vida adulta também faz parte do ritual. Antes do Kuarup, elas permanecem isoladas em casa por um ano, período de reflexão que marca o fim da adolescência.
No segundo dia, inicia-se a luta conhecida como Huka-Huka. Os guerreiros, que são anfitriões do ritual, juntamente com os convidados, passam a noite anterior em jejum, preparando-se e se arranhando com a pele de um peixe chamado peixe-cachorro, aplicando ervas na pele e nos cabelos com jenipapo e urucum. O objetivo é confrontar seus oponentes e, dessa forma, vencer a luta.
Os jovens guerreiros competem entre si, buscando atingir a coxa do oponente ou derrubá-lo segurando a perna do adversário. O primeiro a alcançar o objetivo é declarado vencedor. Ao término da luta, os adornos colocados nos troncos são removidos e entregues às famílias dos falecidos em homenagem. Em seguida, os troncos são lançados na Lagoa Ipavu, para que suas almas possam ser libertadas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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