Apex utilizará escritório em Washington para negociar tarifa

O presidente da Apex, Jorge Viana, declarou que as reuniões para “defender os interesses do Brasil” nos Estados Unidos ocorrerão semanalmente.

11/08/2025 11:31

2 min de leitura

O presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Ex...

O presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, afirmou na segunda-feira (11.ago.2025) que a agência abrirá e utilizará um escritório em Washington para alcançar a flexibilização das tarifas aplicadas aos produtos brasileiros destinados aos Estados Unidos.

“Estamos contratando duas consultorias importantes, renomadas, para nos auxiliar e trabalharmos em conjunto. Assim, semanalmente, estaremos presentes representando os setores impactados e defendendo os interesses do país”, declarou Viana durante sua fala na abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.

Ele declarou que o maior mercado do agronegócio brasileiro é os Estados Unidos, embora a China represente a maior oportunidade. Assim, argumentou que o Brasil não pode perder área para outras atividades.

A Apex atuará, segundo Viana, unicamente para eliminar os encargos adicionais.

Com este escritório ali, estamos trabalhando exclusivamente para fornecer alimentos a essa população. O que já seria um bom caminho, pois isso atende o consumidor americano diretamente e beneficia o agronegócio brasileiro.

Viana afirmou que as negociações têm sido difíceis devido ao caráter político e não econômico do assunto: “Não são medidas só comerciais, se fossem, seriam muito mais fáceis de resolver. Mas elas carregam posições políticas que são difíceis de tratar e enfrentar”.

Tarifaão

As tarifas implementadas por Donald Trump (Partido Republicano) em relação ao Brasil começaram a valer em 6 de agosto. O presidente norte-americano estabeleceu uma taxa de 50% sobre as importações brasileiras. Trata-se de uma taxa básica de 10% acrescida de um adicional de 40%.

A implementação da medida elevará os custos das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Não todos os produtos terão a cobrança em 50%. Foram excluídos do tarifaço 694 produtos brasileiros, o que representa 43% de todo o que foi exportado aos EUA em 2024. Esses quase 700 itens contam apenas com a cobrança original de 10% da venda ao exterior. Alguns deles são importantes para os setores, como peças de avião e suco de laranja. Consulte a lista completa (PDF – 329 kB).

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.