Apoiado por Trump, Asfura se destaca na corrida presidencial em Honduras

Resultados Preliminares das Eleições em Honduras

Nasry Asfura, candidato do Partido Nacional Conservador e apoiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lidera a eleição presidencial de Honduras com mais de 40% dos votos apurados, conforme os resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (1º).

O ex-prefeito de Tegucigalpa, Asfura, de 67 anos, contabilizou 41% dos votos até o momento. O candidato do Partido Liberal, Salvador Nasralla, ocupa a segunda posição com cerca de 39%, enquanto Rixi Moncada, do partido governista LIBRE, ficou em terceiro lugar com 20% dos votos.

Para vencer, um candidato precisa obter a maioria simples dos votos, o que determinará quem governará o país entre 2026 e 2030.

Contexto da Eleição e Apoio de Trump

Na corrida eleitoral, Trump manifestou apoio a Asfura em diversas postagens nas redes sociais, afirmando que poderia colaborar com ele no combate ao tráfico de drogas. Trump também alertou que, caso Asfura não vença, os Estados Unidos não investirão mais recursos no país.

Além disso, Trump anunciou que concederá perdão ao ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernandez, que cumpre pena nos EUA por tráfico de drogas. Hernandez, que governou Honduras de 2014 a 2022, também era membro do Partido Nacional.

Tanto Asfura quanto Nasralla expressaram a intenção de restabelecer relações diplomáticas com Taiwan, rompidas em 2023, o que representaria um grande revés para a China na região.

Desafios e Tensão no Processo Eleitoral

A votação, realizada no domingo (30), também elegeu 128 membros do Congresso e diversos prefeitos, em um ambiente altamente polarizado. Os três principais candidatos levantaram suspeitas de possíveis fraudes eleitorais, com Moncada indicando que não reconheceria os resultados oficiais.

A Organização dos Estados Americanos manifestou preocupações sobre a integridade do processo eleitoral, pedindo que o governo da atual presidente, Xiomara Castro, assegurasse eleições livres de intimidação e fraudes.

O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, alertou que Washington tomará medidas rápidas contra qualquer tentativa de minar a integridade do processo democrático em Honduras.

Desconfiança e Críticas ao Processo Eleitoral

Honduras enfrenta um histórico de desconfiança em relação ao processo eleitoral, exacerbado por um golpe em 2009 que depôs o presidente Manuel Zelaya. Em 2021, os hondurenhos votaram em Xiomara Castro, encerrando mais de um século de domínio dos partidos Nacional e Liberal.

Recentemente, o Gabinete do procurador-geral, alinhado ao governo, acusou partidos de oposição de planejarem fraudes eleitorais, alegações que foram negadas. Investigações foram abertas sobre gravações que supostamente mostram um político do Partido Nacional discutindo estratégias para influenciar a eleição.

Essas tensões aumentaram a desconfiança pública em relação às autoridades eleitorais. Apesar de Castro ter promovido investimentos públicos e uma leve redução na pobreza, a violência e a desigualdade ainda são desafios significativos no país.

Fonte por: CNN Brasil