‘Ativistas da flotilha interceptada por Israel relatam: “Fomos tratados como animais”‘

Entre os 137 detidos, há políticos e ativistas de 13 países, incluindo Greta Thunberg; Turquia considera a ação ‘ato de terrorismo’ e inicia investigação.

04/10/2025 19:00

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Steeve Lemerier (E), Romain Mouron (C) e Immanuel de Souza (D), da Suíça, três dos ativistas que estavam a bordo de barcos da flotilha Global Sumud, falam após chegar a Istambul
Steeve Lemerier (E), Romain Mouron (C) e Immanuel de Souza (D), ...

Ativistas Deportados por Israel Relatam Violência e Abusos

Ativistas internacionais que foram deportados por Israel após a interceptação de sua flotilha com destino a Gaza relataram ter sido vítimas de violência e tratados de forma desumana. A flotilha Global Sumud, que partiu de Barcelona em setembro, tinha como objetivo levar ajuda humanitária a Gaza, uma região que enfrenta uma grave crise alimentar, segundo a ONU. Israel manteve o bloqueio naval ao território, onde ocorre um conflito com o Hamas desde o ataque do grupo em 7 de outubro de 2023.

Detenção e Deportação dos Ativistas

Mais de 400 pessoas foram detidas durante a operação, e os primeiros deportados chegaram a Istambul na última sexta-feira. Entre os deportados, estavam 137 ativistas de 13 países. O político italiano Paolo Romano descreveu a abordagem dos ativistas por barcos militares, que os forçaram a se ajoelhar e agrediram aqueles que se moviam. Ele relatou insultos e ameaças com armas, afirmando que “fomos tratados como animais”.

Condições da Flotilha e Relatos de Abusos

A flotilha contava com cerca de 45 barcos e incluía políticos e ativistas, como a ambientalista sueca Greta Thunberg. A ativista malaia Iylia Balais, de 28 anos, descreveu a interceptação como “a pior experiência”, mencionando algemas, imobilização no chão e a negação de água e medicamentos durante a detenção.

Reações e Consequências da Ação de Israel

Israel confirmou a deportação dos ativistas, chamando-os de “provocadores”. Ao chegarem a Istambul, foram recebidos por familiares que exibiam bandeiras turcas e palestinas, gritando palavras de apoio. O governo turco classificou a ação como um “ato de terrorismo” e iniciou uma investigação. O ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, elogiou os ativistas por “darem voz à consciência humana”, destacando a participação de ativistas de diversos países, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, México e Espanha.

Fonte por: Jovem Pan

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