Austrália irá reconhecer o Estado da Palestina na ONU em setembro
O primeiro-ministro Anthony Albanese afirma que a Solução de 2 Estados é a melhor esperança para interromper o ciclo de violência. Leia no Poder360.
A Austrália reconhecerá o Estado palestino na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, declarou o primeiro-ministro Anthony Albanese (Partido Trabalhista Australiano) em anúncio oficial nesta segunda-feira (11.ago.2025). A decisão intensifica a pressão internacional sobre Israel após anúncios semelhantes de países como França, Reino Unido e Canadá.
A Austrália reconhecerá o Estado da Palestina na 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, para impulsionar a solução de dois Estados, um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, declarou Albanese em entrevista a jornalistas em Canberra.
Albanese afirmou que a avaliação se basearia nos compromissos que a Austrália obteve da Autoridade Palestina, incluindo a garantia de que o grupo militante islâmico Hamas não estaria envolvido em nenhum futuro Estado.
A solução de dois Estados é a melhor esperança para a humanidade, visando interromper o ciclo de violência no Oriente Médio e acabar com o conflito, o sofrimento e a fome em Gaza.
Albanese declarou ter dialogado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), na quinta-feira (7 de agosto) e informado que uma solução política era necessária, e não uma solução militar.
A Austrália criticou o plano de Israel de assumir o controle militar de Gaza, e Albanese declarou que a decisão de reconhecer um Estado palestino foi ainda mais impulsionada pela indiferença de Netanyahu em relação aos apelos da comunidade internacional e pelo descumprimento das obrigações legais e éticas em Gaza.
O governo Netanyahu está extinguindo a perspectiva de uma solução de dois Estados ao expandir rapidamente assentamentos ilegais, ameaçar anexar os Territórios Palestinos Ocupados e se opor explicitamente a qualquer Estado palestino.
O embaixador de Israel na Austrália, Amir Maimon, censurou a decisão da Austrália na rede social X, afirmando que ela põe em risco a segurança de Israel e dificulta as negociações sobre os reféns.
Fonte por: Poder 360
