Correios Buscam Empréstimo de R$ 12 Bilhões com Bancos
Um consórcio de cinco bancos está em negociação para conceder um empréstimo de R$ 12 bilhões aos Correios. A estatal aguarda a documentação necessária, que deve ser enviada até o final desta sexta-feira, 12.
A proposta ainda precisa da aprovação do Tesouro Nacional, que atuará como avalista da operação. Os bancos envolvidos são Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
Prejuízos e Necessidade de Recursos
Os Correios enfrentam um prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro deste ano, totalizando R$ 10 bilhões desde 2022. A empresa busca recursos para reequilibrar suas finanças.
As negociações se intensificaram após a Caixa Econômica Federal manifestar interesse em participar do empréstimo. No início do mês, o Tesouro havia rejeitado um pedido anterior de R$ 20 bilhões devido à alta taxa de juros proposta, que ultrapassava o teto de 120% do CDI.
Objetivos do Empréstimo
Com os recursos do empréstimo, os Correios pretendem quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, pagar fornecedores em atraso e financiar um programa de desligamento voluntário (PDV), além de realizar investimentos para recuperar sua posição no mercado de encomendas e diversificar suas fontes de receita.
Possibilidade de Aporte do Governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que as negociações estão avançadas e que o governo pode considerar um aporte na estatal, desde que respeite o arcabouço fiscal. Ele destacou que a solução para manter os serviços essenciais da estatal não envolve privatização, mas sim a diversificação de serviços, incluindo produtos financeiros e seguros.
Reestruturação e Metas Futuras
O governo Lula implementou um decreto que permite que estatais em dificuldades apresentem planos de reequilíbrio econômico-financeiro, com a possibilidade de futuros aportes do Tesouro. Para que os Correios voltem a ter lucro em 2027, será necessário um ajuste orçamentário entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, o que representa um desafio significativo.
O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou que a empresa precisa atuar em duas frentes: reduzir gastos e aumentar receitas. O ajuste orçamentário é complexo, especialmente considerando a previsão de economia de R$ 1,4 bilhão com o PDV, que afetará 15 mil funcionários.
Além disso, os Correios adiaram a contratação dos aprovados no concurso de 2024, que ocorrerá apenas em 2027.
Fonte por: Jovem Pan
