Bancos introduzem ‘Botão de Contestação’ no Pix para facilitar devoluções por fraude

Cliente deve acessar o aplicativo da instituição e buscar ‘contestar Pix’ ou ‘solicitar devolução’ para anexar evidências.

01/10/2025 18:00

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Novidade no Pix: MED Autoatendimento para Contestações

Bancos e instituições financeiras que operam com o Pix lançaram, no dia 1º, uma nova ferramenta digital chamada MED Autoatendimento, também conhecida como “botão de contestação“. Essa inovação, aprovada pelo Banco Central (BC), visa agilizar a recuperação de valores em casos de fraudes, golpes ou erros sistêmicos, permitindo que os usuários contestem transações fraudulentas diretamente pelo aplicativo do banco.

Para utilizar o recurso, o cliente deve acessar o aplicativo de sua instituição, procurar pela opção “contestar Pix” ou “solicitar devolução” e anexar evidências, como prints e comprovantes. A contestação é então comunicada ao banco do suposto golpista, que bloqueia os recursos. Ambas as instituições têm um prazo de até sete dias para analisar o caso e, se a fraude for confirmada, a devolução é realizada, com retorno ao cliente em até 11 dias após a contestação.

Funcionamento e Importância do Novo Recurso

O coordenador da Comissão de Cibersegurança da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Paulo Condutta, enfatiza que essa novidade encurta o processo de estorno. Ele destaca que a velocidade é crucial para aumentar a retenção dos valores bloqueados. É importante ressaltar que o “botão de contestação” não se aplica a desacordos comerciais, arrependimentos ou erros de digitação na chave Pix.

Essa medida integra um conjunto de ações do BC para aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2020. Em agosto, o BC anunciou que, a partir de 23 de novembro, o pedido de estorno em casos de golpe poderá ser feito a partir de contas diferentes da utilizada na fraude, visando dificultar a ação de golpistas que transferem o dinheiro para outros bancos.

Medidas Contra Fraudes no Sistema Financeiro

Condutta acredita que essas mudanças representam novas “armas” contra a crescente sofisticação dos criminosos, adicionando camadas de proteção em todas as instituições que podem receber valores fraudulentos. As iniciativas surgem em um contexto de aumento das ameaças cibernéticas ao sistema financeiro brasileiro. Um relatório recente da Fitch Ratings alertou que, embora fintechs e bancos menores estejam mais expostos, a complexidade dos ataques eleva a vulnerabilidade de todo o ecossistema.

O setor bancário, por meio de entidades como a ABBC e o site temcaradegolpe.com.br, tem intensificado a comunicação e o investimento em tecnologia para combater esses crimes, buscando garantir a segurança dos usuários e a integridade das transações financeiras.

Fonte por: Jovem Pan

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