Barcelona nos EUA: motivos que levam Fifa e Uefa a permitir jogos fora da Europa

Jogos de grandes ligas europeias serão realizados fora dos países de origem pela primeira vez na história após luta entre entidades.

09/10/2025 20:30

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Barcelona deve jogar em Miami em dezembro
Barcelona deve jogar em Miami em dezembro

Jogos de Futebol Europeu Fora do Continente

Duas partidas de futebol marcarão um novo capítulo na história do esporte: pela primeira vez, jogos de temporada regular de ligas europeias ocorrerão fora de seus países de origem e em outros continentes. Villarreal e Barcelona se enfrentarão em 20 de dezembro, em Miami, enquanto Milan e Como jogarão em fevereiro de 2026, em Perth, na Austrália.

Essa mudança é resultado de uma longa batalha política e jurídica envolvendo clubes, ligas e entidades do futebol. A proposta, no entanto, enfrentou críticas de federações nacionais e até da própria FIFA, que se opôs ao mando de jogos no exterior por um longo período.

Impedimentos Anteriores para Jogos no Exterior

Embora outras ligas, como a NFL, já realizem jogos de temporada regular fora dos Estados Unidos, a situação é diferente no futebol. A NFL, ao jogar em cidades como São Paulo, Dublin ou Londres, não invade o território de uma liga concorrente direta, enquanto as ligas de futebol, como a MLS e a A-League, embora menos prestigiadas, ainda são competições profissionais consolidadas.

Além disso, o futebol opera sob uma pirâmide supervisionada pela FIFA, o que significa que a realização de jogos oficiais no exterior requer a aprovação de diversas entidades, incluindo as nacionais e continentais. A UEFA, neste momento, era a que mais resistia à ideia de transferir jogos para fora da Europa.

A Aceitação da UEFA com Restrições

A UEFA finalmente aceitou a realização de jogos em outros continentes, mas com ressalvas. A decisão foi anunciada em caráter excepcional, conforme comunicado do presidente da entidade, Aleksander Čeferin, que reiterou a posição de que jogos de ligas nacionais devem ocorrer em seus próprios países. Ele destacou que qualquer outra abordagem prejudica os torcedores e pode comprometer a integridade das competições.

A decisão de permitir duas partidas fora da Europa foi motivada pela falta de um “marco regulatório” claro, que deveria ter sido estabelecido pela FIFA. A ausência de regras objetivas expôs a UEFA a possíveis ações judiciais ao negar jogos que já haviam sido negociados.

Assim, a UEFA se viu obrigada a aprovar a proposta, impulsionada pelo presidente da LaLiga, Javier Tebas, e pelo Barcelona, apesar da discordância de alguns jogadores. Além disso, parceiros comerciais da UEFA, que investem em produtos como a Champions League, mostraram-se favoráveis ou neutros em relação à realização dos jogos, aumentando a pressão pela aprovação da ideia.

Fonte por: CNN Brasil

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