Banco Central Mantém Taxa de Juros em 15%
O Banco Central (BC) reafirmou sua postura rigorosa na Ata do Copom, evitando sinais de cortes na taxa de juros na próxima reunião de janeiro. Apesar das expectativas de uma abordagem mais suave, a Ata manteve a consistência com o comunicado anterior. Assim, o mercado financeiro agora projeta cortes nas reuniões de março ou abril, conforme indicado por alguns economistas.
Fatores que Justificam a Manutenção da Selic
O BC apresentou diversos motivos para manter a Selic em 15%. Entre eles, a presença de “vetores inflacionários” adversos, a lenta queda da inflação de serviços devido ao mercado de trabalho aquecido e as expectativas de inflação que permanecem acima da meta. Além disso, o BC alertou sobre os riscos de repasses da alta do dólar para os preços dos produtos no Brasil.
Política Monetária Contracionista
O Banco Central destacou que, diante das condições atuais e futuras, é necessário manter uma política monetária contracionista por um período prolongado. A Ata também mencionou um aumento na confiança relacionado ao processo de desinflação, além de justificar a manutenção da Selic em 15% como uma medida adequada no momento.
Expectativas de Inflação e Projeções Futuras
A taxa de inflação em 12 meses, conforme divulgado pelo IBGE, caiu para 4,46%, abaixo do teto de 4,5%, mas ainda distante da meta de 3%. O Boletim Focus também mostra uma redução lenta nas expectativas de inflação, com projeções de 4,36% para 2025, 4,10% para 2026 e 3,8% para 2027.
Perspectivas para o Futuro
Embora o BC tenha indicado que a estratégia atual é adequada para alcançar a meta de inflação, isso não sinaliza imediatamente o início dos cortes na Selic em janeiro, como desejava o governo. Na próxima quinta-feira, o BC divulgará o Relatório de Política Monetária, que poderá trazer novas informações sobre a política de juros.
Fonte por: Estadao
