BC revisa diretrizes de cibersegurança para instituições financeiras
BC aprova mudanças no CMN sobre requisitos para contratação de serviços de armazenamento em nuvem. Confira no Poder360.
Banco Central Atualiza Política de Segurança Cibernética
O Banco Central (BC) revisou sua política de segurança cibernética e os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados em nuvem por instituições financeiras. A nova diretriz foi aprovada em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira, 18 de dezembro de 2025.
A medida visa uniformizar o ambiente regulatório e fortalecer a segurança das infraestruturas de comunicação de dados, além de proteger os sistemas de pagamentos do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Principais Mudanças na Política de Segurança
De acordo com o BC, a atualização foi motivada pela crescente digitalização do setor e pela implementação do Pix, que aumentou o tráfego na Rede do Sistema Financeiro Nacional. As instituições financeiras têm até 1º de março de 2026 para se adequar às novas exigências.
As principais alterações incluem:
- Requisitos Mínimos Adicionais: A política de segurança cibernética agora inclui gestão de certificados digitais, integração segura de sistemas, ações de inteligência cibernética, rastreabilidade de operações, testes de intrusão, controles de acesso, proteção de rede e aplicação regular de correções.
- Aumento do Escopo de Segurança: A ampliação dos controles de segurança abrange o desenvolvimento de sistemas de informação, incluindo tecnologias adquiridas ou desenvolvidas por terceiros.
- Reforço na Comunicação Eletrônica: Novos requisitos de segurança foram estabelecidos para a comunicação de dados com a Rede do Sistema Financeiro Nacional, especialmente em ambientes como o Pix, incluindo autenticação multifatorial e monitoramento de credenciais.
- Testes Anuais de Intrusão: As instituições deverão realizar testes anuais de intrusão por profissionais independentes, documentando os resultados e planos de ação para correção de vulnerabilidades, que devem ser mantidos à disposição do Banco Central por cinco anos.
- Qualificação do Serviço de Comunicação: A comunicação eletrônica de dados na Rede do Sistema Financeiro Nacional deve atender a padrões rigorosos de gestão de riscos e supervisão pelo BC.
Essas medidas fazem parte de uma agenda mais ampla de revisão regulatória voltada à segurança e resiliência cibernética, alinhada às melhores práticas internacionais, com o objetivo de elevar o nível de proteção das infraestruturas e garantir um ambiente seguro para a inovação digital.
Sobre o Conselho Monetário Nacional (CMN)
O CMN é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, responsável pela formulação da política da moeda e do crédito, com a missão de promover a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
O colegiado é composto por três integrantes, cada um com direito a um voto, e é presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os outros membros são:
- Presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo;
- Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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