Libertação de Líderes Opositores em Belarus
No último sábado, 13, Maria Kolesnikova, uma das principais líderes dos protestos em Belarus, e Ales Bialiatski, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, foram libertados, junto com 121 outros prisioneiros políticos. A liberação ocorreu em um acordo mediado pelos Estados Unidos, marcando um momento significativo na política bielorrussa.
Contexto da Repressão em Belarus
Desde as eleições de 2020, que foram amplamente consideradas fraudulentas, o presidente Alexander Lukashenko tem reprimido severamente opositores e manifestantes. Kolesnikova se destacou como uma figura central no movimento de 2020, tornando-se conhecida por sua resistência ao tentar ser deportada, rasgando seu passaporte.
Bialiatski, defensor dos direitos humanos e crítico do regime, foi preso por documentar abusos no país. Sua libertação, assim como a de Kolesnikova, representa um passo importante, embora ainda haja mais de 1.200 prisioneiros políticos detidos em Belarus.
Reações e Compromissos dos Libertados
Após sua libertação, Bialiatski expressou seu compromisso em continuar a luta pelos direitos civis e pela liberdade dos presos políticos. Ele descreveu a experiência como um “enorme choque emocional” e destacou que o Prêmio Nobel que recebeu em 2022 foi um reconhecimento de suas aspirações ainda não realizadas.
Kolesnikova, por sua vez, também compartilhou seus sentimentos sobre a liberdade e a esperança de que todos os prisioneiros possam ser libertados em breve. Ambos os líderes enfatizaram a continuidade da luta pela democracia em Belarus.
Implicações do Acordo Mediado pelos EUA
A mediação dos Estados Unidos foi crucial para a libertação dos prisioneiros. Um enviado do governo americano esteve em Minsk para discutir a suspensão de sanções relacionadas à indústria de potássio bielorrussa, o que pode ter facilitado o acordo. A libertação de um cidadão americano entre os prisioneiros também foi confirmada, destacando a importância das relações entre os EUA e Belarus.
Além de Kolesnikova e Bialiatski, outros prisioneiros, como Viktor Babariko, também foram libertados. A situação dos opositores ainda é preocupante, pois muitos permanecem em condições severas nas prisões bielorrussas, com relatos de tratamento desumano e incomunicabilidade.
Fonte por: Estadao
