Benfica: o modelo de democracia que o futebol brasileiro admira

Democracia no futebol: clubes SAFs e seus bilionários afastam-se do debate eleitoral, enquanto Flamengo, Corinthians e outros permanecem como associações.

12/11/2025 8:00

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eandro Barreiro, do Benfica, comemora após marcar gol durante a ...

Democracia no Futebol: Um Debate Necessário

A discussão sobre democracia no futebol se intensifica, especialmente em relação aos clubes que se tornaram Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Com a gestão de donos bilionários, esses clubes se afastam do debate democrático, tornando-se empresas. Em contraste, clubes tradicionais como Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo ainda mantêm a estrutura de associações, onde as eleições refletem, ou deveriam refletir, a voz de seus torcedores.

Para muitos torcedores, o processo eleitoral parece mais uma encenação do que uma verdadeira escolha democrática. É desanimador observar conselhos restritos, chapas manipuladas e uma participação que muitas vezes não chega a 1% da torcida, como é o caso de algumas das maiores equipes do Brasil.

O Exemplo do Benfica em Portugal

Em contrapartida, o Benfica, um dos maiores clubes de Portugal, demonstrou um modelo de engajamento exemplar. Na reeleição de Rui Costa, realizada em 8 de novembro de 2025, ele obteve 65,9% dos votos, mas o que realmente impressiona é a participação: 93.081 associados compareceram às urnas, estabelecendo um recorde mundial homologado pelo Guinness, superando o Barcelona de 2010, que teve 57 mil votantes.

Com 160 mil sócios aptos, 58% compareceram às eleições, refletindo uma base sólida e representativa da torcida, ao contrário de um grupo restrito. O modelo associativo do Benfica é um exemplo de mobilização efetiva, estabelecendo um padrão global para as eleições no esporte.

Reflexão sobre o Padrão de Participação

O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica, Pereira da Costa, anunciou o recorde ao vivo, atraindo a atenção do mundo do futebol. Essa participação é inédita e admirável, mostrando que há espaço para crescimento, com a possibilidade de alcançar 100 mil votantes nas próximas eleições. A pergunta que fica é: as eleições nos clubes brasileiros conseguem se aproximar desse padrão de participação e engajamento?

Fonte por: Jovem Pan

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