A eleição presidencial na Bolívia, ocorrida no domingo (17.ago.2025), não teve um vencedor. Rodrigo Paz (Partido Democrata Cristão), de 57 anos, e Jorge “Tuto” Quiroga (Aliança Livre, centro-direita), de 65 anos, enfrentaram-se no segundo turno, em 19 de outubro.
Paz obteve 32,05% dos votos, e Quiroga alcançou 26,97%. Nenhuma candidatura atingiu os 50% exigidos na primeira votação, nem os 40% com uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado.
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Esta é a primeira vez desde 2006 que a direita apresenta chances reais de eleger um presidente, finalizando quase duas décadas de domínio da esquerda, que teve início com Evo Morales e MAS (Movimento ao Socialismo).
A situação se deve à crise econômica do país, com alta inflação (24,86% em julho), baixas reservas cambiais e falta de combustíveis e produtos básicos, o que resultou na baixa popularidade do atual presidente Luis Arce (independente, esquerda).
A Bolívia, ao contrário de outros países sul-americanos, emprega o sistema de votação em papel, com apuração manual.
Jorge Quiroga
Jorge “Tuto” Quiroga, aos 65 anos, nasceu em Cochabamba e possui graduação em engenharia industrial. Atuou como presidente interino da Bolívia (2001-2002) após ter exercido a função de vice-presidente de 1997 a 2001, no governo de Hugo Banzer.
Concorreu nas eleições de 2005, 2014 e 2020, porém retirou sua candidatura próximo ao período eleitoral. Acredita em um liberalismo conservador, diminuição do déficit fiscal, privatização de empresas públicas deficitárias, comércio livre com os Estados Unidos e China. Entre suas propostas de campanha, destacam-se a exclusão de impostos sobre dividendos e a geração de 750 mil empregos no período de cinco anos.
Rodrigo Paz
Rodrigo Paz Pereira é senador e ex-prefeito de Tarija. Filho de Jaime Paz Zamora (1989-1993), desenvolveu sua trajetória política a partir do início dos anos 2000. Possui graduação em relações internacionais com especialização em Economia e completou uma mestrado em gestão política na American University, em Washington D.C.
Sua campanha defende um modelo de capitalismo para todos, com foco na formalização da economia, no combate à corrupção e em reformas institucionais para restringir a reeleição e fortalecer o Judiciário.
Fonte por: Poder 360