Bolsonaro atribui tentativa de violar tornozeleira a ‘paranoia’ e ‘alucinação’

Prisão de Jair Bolsonaro: Entenda os Detalhes

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após um pedido da Polícia Federal. Durante uma audiência de custódia, Bolsonaro alegou que sua tentativa de violar a tornozeleira eletrônica foi causada por “paranoia” e “alucinação” devido ao uso de medicamentos psiquiátricos.

Motivos da Prisão e Declarações do Ex-Presidente

Na audiência, Bolsonaro explicou à juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino que sentiu uma “certa paranoia” em decorrência da interação inadequada entre os medicamentos que estava tomando, como Pregabalina e Sertralina. Ele relatou ter dificuldades para dormir e ter experimentado alucinações, acreditando que sua tornozeleira estava sendo monitorada.

Detalhes da Tentativa de Violação

O ex-presidente afirmou que começou a mexer na tornozeleira com um ferro de soldar, atividade que teria iniciado na tarde de sexta-feira, 21, e interrompido à meia-noite. Ele alegou ter conhecimento sobre a operação do equipamento e que, após refletir, decidiu comunicar os agentes responsáveis pela sua prisão domiciliar.

Contexto Familiar e Justificativas

Bolsonaro estava em casa com sua filha, um irmão e um assessor, mas ninguém percebeu sua movimentação. Ele negou qualquer intenção de se livrar da tornozeleira e ressaltou que não houve rompimento do dispositivo. Além disso, mencionou que uma vigília convocada por seu filho Flávio ocorreria a 700 metros de distância, o que impossibilitaria qualquer tumulto que facilitasse uma fuga.

Decisão Judicial e Consequências

Ao final da audiência, a juíza decidiu manter a prisão preventiva de Bolsonaro, confirmando que não houve irregularidades na determinação do ministro Moraes. O ex-presidente, que estava em prisão domiciliar, foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília após a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.

Fonte por: Estadao