Bolsonaro busca transformar processo em retaliação, afirma Lindbergh

Deputado petista declara que o ex-presidente deve ser condenado pela tentativa de golpe para demonstrar que ninguém está acima da lei.

14/08/2025 18:28

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Bolsonaro busca transformar processo em retaliação, afirma Lindbergh
(Imagem de reprodução da internet).

Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, declarou nesta quinta-feira (14.ago.2025) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) busca transformar o julgamento por tentativa de golpe de Estado em uma “farsa de cerceamento” e perseguição política.

A declaração ocorreu após a defesa de Bolsonaro apresentar ao STF as alegações finais sobre o processo. No documento, os advogados do ex-presidente consideraram as acusações da PGR como “absurdas”.

Lindbergh argumentou que o ex-presidente deve ser condenado para demonstrar que ninguém está acima da Constituição e da lei no Brasil. “O 8 de Janeiro e a trama golpista que o antecedeu não serão relativizados”, declarou. “A democracia se defende com memória, verdade e justiça”.

O parlamentar reiterou que o processo não se fundamenta em “intenções fabricadas pela mídia”, mas sim em “atitudes práticas” dos implicados.

A defesa de Bolsonaro tenta transformar um julgamento histórico em uma farsa de “cerceamento” e “acusação sem provas”, mas o que os autos revelam é robustez probatória e coerência com a gravidade dos fatos. Nenhuma narrativa de perseguição apaga que ele articulou, instigou e deu sustentação política e logística à tentativa de golpe contra a democracia brasileira.

O que disse Bolsonaro ao STF

Na defesa, Bolsonaro solicitou a anulação do prêmio concedido ao tenente-coronel Mauro Cid e questionou a existência de decretos que apontariam para uma tentativa de golpe de Estado. Os advogados do ex-presidente afirmaram que ele ordenou uma transição, e não um golpe de Estado.

O STF não julga intenções fabricadas pela mídia, mas sim ações concretas: reuniões, documentos fraudulentos, articulação com militares e incitação a atos de violência contra as instituições. A prova, de natureza direta e indireta, demonstra que não houve “atos preparatórios inofensivos”, mas sim um projeto deliberado de execução criminosa para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.

Fonte por: Poder 360

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