Boulos critica Zema como “governador turista” por falta em ato sobre Mariana

Ministro realiza sua primeira viagem oficial em Belo Horizonte como chefe da Secretaria-Geral da Presidência

05/11/2025 10:45

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(Imagem de reprodução da internet).

Ministro Boulos critica ausência de Zema em ato de lembrança do desastre de Mariana

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, expressou sua insatisfação com a falta de presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em eventos que marcam os dez anos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), realizados nesta quarta-feira (5).

Boulos, que iniciou sua atuação no ministério há uma semana, está em Belo Horizonte para sua primeira viagem oficial. Ao assumir o cargo, ele destacou que sua principal missão será “colocar o governo na rua”.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Boulos lamentou a ausência de Zema, afirmando que o governador parece estar mais preocupado em viajar do que em participar de eventos significativos para o estado. “É triste ver uma situação dessa diante de um acontecimento de impacto internacional”, comentou.

Compromissos do governador Zema

O ministro ressaltou que sua presença na agenda é uma representação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele enfatizou a importância do governo estar ao lado das famílias afetadas pelo desastre e relembrar o ocorrido para evitar que se repita. Boulos criticou a postura do governador Zema, que, segundo ele, não tem demonstrado o mesmo comprometimento.

Conforme a agenda oficial de Zema, o governador tem compromissos no Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Às 18h, ele se reunirá com o ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, e às 20h participará remotamente da cerimônia de posse da nova diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Relembre o desastre ambiental

O rompimento da barragem de Fundão ocorreu há dez anos, resultando no despejo de mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro sobre a comunidade local. O desastre, que aconteceu no subdistrito de Bento Gonçalves, próximo a Mariana, causou a morte de 19 pessoas, com três vítimas nunca encontradas, segundo o Ministério Público de Minas Gerais.

Além das vidas perdidas, o incidente deixou 600 pessoas desabrigadas e 1,2 milhão de pessoas sem acesso à água potável. O impacto ambiental foi devastador, atingindo 49 municípios em Minas Gerais e Espírito Santo, com a lama percorrendo 663 km até chegar ao mar.

Fonte por: CNN Brasil

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