Brasil recupera competitividade após o fim das tarifas de Trump
Setores como café e frutas voltam a competir no mercado internacional após corte de 40%. Confira no Poder360.
Redução de Tarifas de Importação pelos EUA Alivia Agronegócio Brasileiro
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir tarifas de importação sobre produtos agrícolas, trouxe um alívio significativo para o agronegócio brasileiro. A medida, anunciada na quinta-feira (20.nov.2025), isentou produtos essenciais do Brasil da sobretaxa de 40%, restaurando a competitividade do país no mercado norte-americano.
Inicialmente, esperava-se apenas uma redução parcial da tarifa recíproca de 10%. No entanto, a ação do governo dos EUA foi além, permitindo que produtos brasileiros competissem em igualdade de condições com os concorrentes no mercado dos Estados Unidos.
Impacto Positivo nas Exportações
Com a nova política, a tarifa total brasileira para esses produtos caiu de 50% para taxas base, que em alguns casos são zero. Isso eliminou o “desequilíbrio competitivo” que ameaçava as exportações do Brasil, permitindo que os produtos nacionais fossem vendidos sem a desvantagem de tarifas elevadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a decisão, expressando sua satisfação durante um evento em São Paulo. A medida foi vista como uma oportunidade de recuperação para o Brasil, que enfrentava a possibilidade de perder mercado para concorrentes como Indonésia, Malásia e Vietnã.
Setores Beneficiados
Uma análise setorial revela que as principais cadeias exportadoras do Brasil recuperaram competitividade. Entre os setores mais beneficiados estão:
- Café: O Brasil, principal fornecedor, escapou da tarifa de 40%, permitindo competir novamente com Colômbia e Vietnã em condições tarifárias iguais;
- Carne Bovina: O Brasil, segundo maior fornecedor, também se livrou da taxa de 40%, o que facilita a concorrência com a Austrália e os parceiros do USMCA (México e Canadá).
Pressão Inflacionária nos EUA
Especialistas acreditam que a decisão de Trump foi influenciada pela pressão inflacionária nos Estados Unidos. O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Marcos Matos, destacou que o café estava impactando a inflação americana, com cada dólar importado gerando um efeito significativo na economia dos EUA.
O café, que teve um dos maiores índices de inflação nos EUA, chegou a ser 9 vezes superior à inflação média. Matos expressou preocupação de que, sem competitividade, os consumidores americanos poderiam se adaptar a outros produtos, prejudicando o mercado do café brasileiro.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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