Brasil se destaca como anfitrião da COP30, afirma ex-ANP
David Zylbersztajn ressalta a singularidade do país nas fontes renováveis, com apenas 3% das emissões globais, 75% delas do desmatamento.
Brasil e sua Matriz Energética Renovável
O Brasil se destaca no cenário internacional por sua posição única em relação à matriz energética renovável, especialmente como anfitrião da COP30. O país já atingiu metas de transição energética que muitas nações desenvolvidas ainda buscam alcançar até 2030 ou 2050.
De acordo com David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o Brasil apresenta um “cartão de visitas espetacular” em termos de participação de fontes renováveis de energia, superando outros países com economias de tamanho similar.
Emissões e Desmatamento no Brasil
O Brasil contribui com apenas 3% das emissões globais, sendo que 75% dessas emissões são oriundas do desmatamento, principalmente o ilegal. Essa situação coloca o país em uma posição diferenciada em comparação com outras economias de porte semelhante.
Desafios Globais e Justiça Energética
A questão energética mundial enfrenta desafios significativos, com mais de 3 bilhões de pessoas, cerca de 40% da população global, consumindo energia equivalente à de uma geladeira americana. Por exemplo, um cidadão indiano consome 22 vezes menos energia que um americano.
As emissões globais são dominadas por três blocos principais: Estados Unidos, China e União Europeia, que juntos representam três quartos das emissões de CO2. Esses blocos mantêm essa proporção tanto historicamente quanto nas emissões atuais.
Além disso, as promessas de financiamento dos países desenvolvidos para apoiar nações em desenvolvimento na questão climática têm sido inconsistentes. Zylbersztajn destaca que os compromissos financeiros prometidos nunca foram cumpridos, com valores que deveriam ter sido entregues não se concretizando.
Considerações Finais
O Brasil, com sua matriz energética renovável e baixa contribuição para as emissões globais, enfrenta desafios significativos no cenário energético mundial. A responsabilidade dos países desenvolvidos em relação ao financiamento e apoio às nações em desenvolvimento é crucial para avançar em direção a uma justiça energética global.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação
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