BRB solicitará à Justiça para ser assistente de acusação em caso de fraudes do Master
Conselho de Administração da estatal decide nesta sexta-feira, 28; PF identifica falhas e omissões do BRB no caso.
Banco de Brasília busca ser assistente de acusação em caso contra Banco Master
O Banco de Brasília (BRB) anunciou que solicitará à Justiça Federal de Brasília sua inclusão como assistente de acusação na ação judicial contra o Banco Master. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do BRB na última sexta-feira, 28, e a informação foi confirmada por veículos de comunicação.
Investigação sobre fraudes no Banco Master
De acordo com investigações, o Banco Master teria vendido carteiras de crédito fraudulentas ao BRB, totalizando R$ 12,2 bilhões. O BRB chegou a manifestar interesse em adquirir o Banco Master em março deste ano, o que, segundo apurações da Operação Compliance Zero, poderia ter sido uma tentativa de encobrir as fraudes.
A Polícia Federal identificou diversas falhas na governança do BRB, apontando que o banco ignorou inconsistências nas carteiras de crédito, visando repassar recursos e evitar a falência do Banco Master. O BRB, em comunicado, afirmou que as carteiras foram liquidadas ou substituídas, garantindo que não há exposição ao banco.
Nova presidência no BRB
O BRB anunciou a posse de Nelson Antônio de Souza como novo presidente da instituição, cargo que ele assumiu na quinta-feira, 27. Souza também ocupará a função de diretor executivo de Finanças, Controladoria e Relações com Investidores. Sua nomeação foi autorizada pelo Banco Central um dia antes.
A mudança na presidência ocorre após a operação da Polícia Federal, que resultou no afastamento de Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, que estava envolvido na tentativa de compra do Banco Master.
Liberação de investigados
Na última sexta-feira, a desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou a soltura de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e de outros quatro investigados pela Polícia Federal. Vorcaro havia sido preso no Aeroporto de Guarulhos enquanto tentava embarcar para Dubai.
A desembargadora considerou que Vorcaro não representa risco à sociedade, impondo medidas cautelares como a retenção do passaporte e monitoramento eletrônico. Ela destacou que os crimes atribuídos a ele não envolvem violência ou grave ameaça.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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