Brigitte Bardot: A trajetória da icônica atriz do cinema francês

Artista falece aos 91 anos; confirmação ocorreu neste domingo (28) após duas internações recentes.

28/12/2025 8:20

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Falecimento de Brigitte Bardot

A atriz francesa Brigitte Bardot faleceu neste domingo (28), aos 91 anos, conforme anunciado por sua fundação voltada ao bem-estar animal. Bardot se destacou nas décadas de 1950 e 1960, conquistando fama mundial por suas atuações marcantes e carisma nas telonas.

Após encerrar sua carreira no cinema na década de 1970, ela se estabeleceu em Saint-Tropez, na Riviera Francesa, e dedicou sua vida à causa animal através de sua fundação.

Infância e Início da Carreira

Brigitte Bardot nasceu em Paris em 28 de setembro de 1934, em uma família burguesa. Seu pai, Louis, era industrial e poeta, enquanto sua mãe, Anne-Marie, tinha interesse por moda e ballet. Brigitte e sua irmã, Marie-Jeanne, cresceram em um ambiente confortável, onde viajar e fazer filmes caseiros era comum.

Aos 14 anos, Brigitte começou a trabalhar como modelo, sendo descoberta por Jean Barthet, um renomado designer de chapéus. Sua beleza rapidamente a levou a capas de revistas, incluindo a famosa Elle, onde apareceu pela primeira vez aos 15 anos.

Transição para o Cinema

Aos 16 anos, Brigitte foi convidada para uma audição de filme, onde conheceu Roger Vadim, com quem se casou aos 18 anos. O casamento, realizado em 21 de dezembro de 1952, marcou o início de sua carreira cinematográfica. Em 1956, com o filme “E Deus Criou a Mulher”, Brigitte se tornou um ícone global, atraindo atenção e polêmica.

O filme foi um grande sucesso, quebrando recordes de bilheteira e escandalizando a sociedade americana. A partir desse momento, sua carreira deslanchou, consolidando-a como um símbolo sexual e uma das atrizes mais bem pagas da França.

Ícone da Moda e Feminilidade

Brigitte Bardot se tornou um símbolo de feminilidade moderna, influenciando a moda da época. Seu estilo e postura foram amplamente imitados, e sua imagem se tornou um ícone cultural. A filósofa Simone de Beauvoir a descreveu como uma força transgressora, embora criticasse a forma como sua rebeldia era moldada pelo olhar masculino.

Seu filme “A Verdade” (1960) foi um sucesso comercial e rendeu a Bardot prêmios significativos, solidificando sua posição no cinema francês.

Desafios Pessoais e Carreira

A vida pessoal de Bardot enfrentou dificuldades, incluindo uma depressão pós-parto após o nascimento de seu único filho, Nicolas. Sua carreira também foi marcada por relacionamentos tumultuados e uma tentativa de suicídio, resultando em desafios emocionais e profissionais.

Apesar disso, Brigitte continuou a atuar em filmes notáveis e a se destacar na música, colaborando com artistas como Serge Gainsbourg. Ela se tornou um símbolo da liberdade na França, representando Marianne de 1969 a 1972.

Aposentadoria e Controvérsias

Após uma carreira de sucesso, Bardot se aposentou em 1973 e se tornou uma ativista dos direitos dos animais, fundando a Fundação Brigitte Bardot em 1987. Nos anos seguintes, suas opiniões políticas e comentários controversos geraram polêmica, incluindo processos por declarações consideradas racistas.

Com uma filmografia de 45 filmes e mais de 70 canções, Brigitte Bardot permanece como um dos maiores ícones do cinema francês. Em 2023, ao ser abordada para uma série sobre sua vida, ela expressou surpresa com o contínuo interesse do público por sua história.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.