Bruno Henrique se torna réu por estelionato na Justiça do DF após MP recorrer
Jogador do Flamengo apenas respondia por fraude, mas Procuradoria altera decisão do Tribunal de Justiça.
Caso Bruno Henrique e suas Implicações Legais
O jogador Bruno Henrique, do Flamengo, agora enfrentará acusações de estelionato, além de já ser réu por fraude em competição esportiva. A decisão foi tomada pela Justiça do Distrito Federal, que acolheu um recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT). A acusação se baseia na suspeita de que o atleta teria forçado um cartão amarelo para beneficiar apostas esportivas.
Desdobramentos do Caso
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) inicialmente havia rejeitado a acusação de estelionato contra Bruno Henrique. Contudo, com a nova decisão, o jogador agora responde por ambas as acusações. A pena para fraude em competição esportiva varia de dois a seis anos de prisão, enquanto o estelionato pode resultar em um a cinco anos de reclusão. Outras oito pessoas, incluindo familiares de Bruno, também estão envolvidas no caso.
Argumentos da Defesa e do Ministério Público
O juiz Fernando Brandini Barbagalo, ao acolher parcialmente a denúncia, argumentou que não havia evidências suficientes para enquadrar os acusados no crime de estelionato, que requer a representação das vítimas. No entanto, o desembargador Demétrius Gomes, relator do recurso, destacou que a International Betting Integrity Agency (Ibia) notificou a suspeita, o que pode permitir que as casas de apostas representem judicialmente.
Decisões Recentes e Precedentes Legais
O MP-DFT também solicitou um pagamento de fiança de R$ 2 milhões, que foi negado pela Turma, argumentando que Bruno não representa risco de fuga. Recentemente, o Supremo Tribunal de Justiça (STF) decidiu que forçar cartões amarelos para favorecer apostas não é considerado manipulação de jogos, o que pode influenciar o desfecho do caso de Bruno Henrique.
Contexto do Caso
O incidente que levou à suspeita sobre Bruno Henrique ocorreu em uma partida do Brasileirão de 2023 contra o Santos, onde ele recebeu um cartão amarelo no final do jogo. Isso possibilitou que seus familiares realizassem apostas com altos retornos financeiros. A defesa do jogador já havia tentado arquivar o processo, alegando que as ações atribuídas a ele não condizem com as evidências apresentadas, mas o pedido foi indeferido.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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