Caged impacta Ibovespa, mas não evita novo recorde; dólar encerra em alta

Bolsa encerra em 148.780,22 pontos após mínima na abertura, com investidores realizando lucros em meio a cautela externa.

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Ibovespa e Mercado Financeiro: Análise do Dia

O Ibovespa perdeu o patamar de 149 mil pontos e apresentou uma leve redução em sua alta após a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, que revelou a criação de vagas acima do esperado. Isso gerou incertezas sobre o momento em que o Banco Central começará a reduzir as taxas de juros, um fator crucial para o mercado de renda variável. Apesar da queda nas Bolsas de Nova York, o índice brasileiro conseguiu registrar, pelo quarto pregão consecutivo, um recorde de fechamento, impulsionado por um acordo comercial entre Estados Unidos e China e pela temporada de resultados financeiros. O Ibovespa fechou em 148.780,22 pontos, com uma alta de 0,10% e um giro financeiro de R$ 20,82 bilhões.

Desempenho do Mercado e Expectativas

A mínima do dia foi registrada logo na abertura, quando parte dos investidores optou por realizar lucros em um cenário global mais cauteloso. No entanto, a queda de 0,36% do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em outubro, que foi mais acentuada do que as previsões, fez com que o foco do mercado se voltasse para a expectativa de cortes na taxa Selic. Durante a manhã, o Ibovespa atingiu um recorde histórico intradia de 149,2 mil pontos, mas perdeu força à tarde após o Caged indicar a criação de 213.002 novos postos de trabalho, sendo o setor de serviços o maior responsável, com 106.606 vagas.

Movimentação do Dólar e Influências Externas

O dólar teve uma alta significativa em relação ao real, acompanhando a tendência da moeda americana no mercado internacional. Com uma máxima de R$ 5,39 e mínima de R$ 5,37, a moeda fechou a R$ 5,38, com um aumento de 0,40%. Apesar disso, a divisa acumula uma queda de 0,21% na semana. Em outubro, o dólar apresenta uma valorização de 1,09% em relação ao real, após uma queda de 1,83% em setembro. A expectativa para a sexta-feira é de uma maior volatilidade devido à formação da última taxa Ptax do mês.

Expectativas em Relação ao Federal Reserve

Os investidores estão ajustando suas expectativas sobre o afrouxamento monetário nos Estados Unidos, após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que indicou que um novo corte de juros em dezembro não é garantido. Essa postura mais cautelosa do Fed, após duas reduções consecutivas da taxa básica, dominou as atenções do mercado, ofuscando o anúncio de um entendimento comercial entre os EUA e a China, que já era amplamente esperado.

Desenvolvimentos nas Relações Comerciais EUA-China

Após uma reunião na Coreia do Sul com o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente Donald Trump anunciou a redução das tarifas de importação sobre produtos chineses de 57% para 47%. Em contrapartida, a China se comprometeu a restringir o envio de substâncias químicas usadas na produção de fentanil para os EUA. Trump também afirmou que a China concordou em manter o fluxo de terras raras e minerais críticos. Documentos oficiais sobre os acordos devem ser assinados na próxima semana.

Fonte por: Jovem Pan

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