“Campos Neto afirma que juro de um dígito no Brasil é difícil sem choque fiscal”

Roberto Campos Neto Elogia Trabalho do Banco Central

Em Paris, o vice-chairman e chefe global de Políticas Públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, destacou o desempenho do Banco Central do Brasil, elogiando o atual presidente, Gabriel Galípolo, por seu “trabalho espetacular”. Campos Neto, que também foi presidente do Banco Central, comentou sobre a expectativa em torno da flexibilização monetária no país.

Expectativas sobre a Taxa de Juros

Durante sua fala, Campos Neto expressou que a população está ansiosa pela redução das taxas de juros. No entanto, ele alertou que uma diminuição significativa, que realmente impacte a produtividade e o planejamento de longo prazo, exigiria uma Selic em um dígito, algo que ainda parece distante. Ele enfatizou a necessidade de um choque positivo na área fiscal para que isso se torne viável.

Melhora na Inflação e Desafios do Mercado de Trabalho

O ex-presidente do Banco Central observou que a taxa de inflação tem mostrado sinais de melhora, mas ainda está acima da meta estabelecida. Ele acredita que, em um futuro próximo, pode haver espaço para a redução das taxas de juros, embora tenha ressaltado que o mercado de trabalho permanece apertado, o que gera preocupações sobre possíveis efeitos inflacionários.

Perspectivas para a Economia Brasileira

Durante o evento Lide Brasil França Fórum, Campos Neto comentou sobre a desaceleração da economia brasileira, que registrou uma queda de 0,9% no terceiro trimestre. Apesar disso, ele projetou um crescimento anual entre 2,1% e 2,2%, destacando o impacto do Índice de Atividade Econômica do Banco Central no desempenho econômico do país.

Fonte por: Estadao