Casa Branca defende almirante após ataques a barco venezuelano
A Casa Branca se posicionou na segunda-feira (1º de dezembro de 2025) em defesa de um almirante dos EUA que conduziu múltiplos ataques em setembro contra uma embarcação proveniente da Venezuela, supostamente transportando drogas. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o almirante tinha autorização do secretário de Guerra, Pete Hegseth, para realizar as ações.
Leavitt destacou que o secretário Hegseth autorizou o almirante a agir dentro dos limites legais, assegurando a destruição da embarcação e a eliminação de uma ameaça aos Estados Unidos. O ataque foi justificado como uma medida de legítima defesa para proteger os interesses americanos em águas internacionais.
Controvérsias sobre os ataques
A defesa do ataque gerou polêmica, especialmente após uma reportagem revelar que Hegseth teria ordenado um segundo ataque para eliminar sobreviventes do primeiro bombardeio. O presidente Donald Trump declarou que não solicitou essa segunda ofensiva, enquanto Hegseth negou ter dado tal ordem.
Na rede social X, Hegseth elogiou o almirante Bradley, chamando-o de “herói americano” e reafirmando seu apoio total às decisões de combate tomadas durante a missão de 2 de setembro e em operações subsequentes.
Impacto dos ataques no Caribe
Desde setembro, as forças armadas dos EUA realizaram pelo menos 19 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e na costa do Pacífico da América Latina, resultando na morte de pelo menos 76 pessoas. Essa série de ações tem gerado questionamentos sobre a legalidade dos ataques por parte de congressistas de ambos os partidos.
De acordo com o direito internacional humanitário, ataques a combatentes incapacitados são proibidos. O Manual de Direito da Guerra do Departamento de Guerra dos EUA estabelece que náufragos não devem ser atacados intencionalmente e devem receber assistência médica, a menos que apresentem hostilidade ou tentem escapar.
Conclusão sobre a operação militar
A situação envolvendo os ataques a embarcações venezuelanas levanta questões importantes sobre a legalidade e a ética das operações militares dos EUA em águas internacionais. A defesa da Casa Branca e as reações de líderes políticos refletem a complexidade do tema e a necessidade de um debate mais aprofundado sobre as ações militares no combate ao tráfico de drogas.
Fonte por: Poder 360
