Superávit Primário do Governo Pode Chegar a R$ 20 Bilhões em Dezembro
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que o governo brasileiro deve registrar um superávit primário próximo de R$ 20 bilhões em dezembro, impulsionado pela entrada de aproximadamente R$ 13 bilhões em dividendos de estatais. Essa receita adicional permitirá ao governo cumprir a meta fiscal estabelecida para 2025, que admite um resultado negativo de até R$ 31 bilhões.
Impacto das Receitas no Cenário Fiscal
O aumento na arrecadação coloca o governo em uma posição mais confortável, reduzindo os riscos fiscais e as pressões sobre os juros e a dívida pública. Ceron destacou que o desempenho positivo esperado para dezembro “garante o cumprimento da meta com alguma folga”, considerando que o resultado primário anual, excluindo despesas não contabilizadas, deve se aproximar de um déficit de R$ 20,6 bilhões.
Desempenho do Setor Público
De acordo com o Tesouro, o setor público registrou um déficit primário de R$ 20 bilhões em novembro, em comparação com R$ 4,5 bilhões no mesmo mês de 2024. Essa deterioração é atribuída à queda nas receitas não recorrentes, como as obtidas por meio de concessões e dividendos extraordinários, que foram mais robustas no ano anterior. A receita líquida apresentou uma redução de 4,8% em termos reais no mês.
Projeções e Expectativas
No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o déficit primário totalizou R$ 57 bilhões, representando 0,47% do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar do saldo negativo, Ceron afirmou que a arrecadação de impostos continua com um desempenho positivo, e a entrada de dividendos do BNDES e de outras estatais deve fortalecer o resultado de dezembro. Ele também mencionou que os dividendos já estavam previstos no 5º relatório bimestral de avaliação, e a projeção de superávit faz parte do planejamento fiscal do governo.
Conclusão
O cenário fiscal do governo brasileiro apresenta sinais de melhora com a expectativa de um superávit primário em dezembro, impulsionado por receitas extraordinárias. A gestão fiscal continua a ser um foco importante, especialmente com a meta de 2025 em vista, que permitirá um déficit controlado, mas que requer atenção contínua às receitas e despesas do setor público.
Fonte por: Poder 360