A tarifação dos Estados Unidos tende a aumentar a hegemonia comercial global conquistada pela China em 2024. A partir do “Dia da Libertação”, em 2 de abril, de Donald Trump (republicano), o volume de comércio (soma de exportações e importações) de bens norte-americanos diminuiu em 2025, ao mesmo tempo em que a presença chinesa no mercado expandiu-se.
No primeiro semestre deste ano, o comércio chinês movimentou US$ 3,04 trilhões, um avanço de 1,7% em relação ao mesmo período de 2024. Os Estados Unidos registraram US$ 2,92 trilhões, o que corresponde a um crescimento de 10,2% em comparação com os primeiros seis meses de 2024.
O comércio nos Estados Unidos apresentou crescimento no período, influenciado por um aumento de agentes que já projetavam os efeitos da tarifação, mas atualmente se encontra em ritmo de desaceleração.
De janeiro a março, o fluxo comercial dos EUA ultrapassou US$ 500 bilhões por mês. Nos três meses seguintes, não excedeu US$ 469,5 bilhões. Em junho, obteve o menor valor – US$ 444,1 bilhões.
Os chineses já apresentaram o efeito inverso. Apesar do ritmo de crescimento na comparação semestral estar inferior, o fluxo comercial permaneceu estável e aumentou desde que a tarifação norte-americana foi implementada.
Segundo dados do Poder360 em abril, a China atingiu uma relevância comercial superior aos Estados Unidos em 2024. No século XXI, os chineses expandiram-se sete vezes mais que os norte-americanos no comércio internacional.
Em 2000, o comércio dos EUA com outros países movimentava quatro vezes mais do que a China. Na época, o país asiático era o principal parceiro comercial de diversos países, incluindo Cuba, Irã, Líbia, Mianmar, Mongólia, Coreia do Norte, Omã, Sudão, Tanzânia e Vietnã.
O Lowy Institute desenvolveu uma animação que ilustra a progressão do conflito comercial entre EUA e China, abrangendo o período de 2001 a 2023. Os países com maior comércio com os norte-americanos são representados em azul, enquanto aqueles com mais negócios com os chineses são indicados em vermelho.
O Poder360 também demonstrou que a China deslocou os Estados Unidos da América Latina no século XXI.
O comércio do Brasil com os Estados Unidos subiu de US$ 29,2 bilhões em 2000 para US$ 92,0 bilhões em 2024, representando um aumento de 215,3% nesse período. O crescimento foi ainda mais expressivo com a China, que avançou de US$ 2,8 bilhões para US$ 188,4 bilhões em 24 anos, com uma expansão de 6.522%.
Fonte por: Poder 360