China se opõe ao movimento separatista de Taiwan, afirma Professor

Exercícios Militares da China em Taiwan

A China intensificou seus exercícios militares ao redor de Taiwan, demonstrando força e posicionamento político contra movimentos separatistas na ilha. Essa análise foi apresentada por Marcus Vinícius de Freitas, professor da China Foreign Affairs, durante sua participação em um programa de discussão.

Mensagens do Governo Chinês

Freitas destaca que o governo de Pequim transmite três mensagens principais com essa movimentação militar. Primeiramente, é uma manifestação direcionada à população e aos partidos políticos locais, reafirmando que Taiwan é considerada uma província da China e que, eventualmente, retornará ao controle chinês.

A segunda mensagem está relacionada às recentes declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi. Freitas explica que o Japão, historicamente, manteve uma postura de não buscar armamentos devido a restrições impostas após a Segunda Guerra Mundial. A declaração de Takaichi sobre a possibilidade de envolvimento militar do Japão em um conflito regional gerou insatisfação em Pequim, uma vez que essa abordagem nunca foi adotada por primeiros-ministros anteriores.

Tensão com os Estados Unidos

A terceira mensagem é direcionada aos Estados Unidos, especialmente após um recente acordo comercial na Coreia. Freitas observa que a venda de US$ 11 bilhões em armas para Taiwan é vista por Pequim como uma afronta, sugerindo que os EUA estão tentando transformar a região em uma nova Ucrânia.

Os exercícios militares chineses, portanto, representam uma resposta estratégica às dinâmicas geopolíticas na região, reforçando a posição de Pequim de que Taiwan é parte integrante do território chinês e sinalizando sua disposição de reagir a qualquer tentativa de independência da ilha.

Fonte por: CNN Brasil