Governador do Rio defende classificação do Comando Vermelho como grupo terrorista
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), manifestou apoio à classificação do Comando Vermelho (CV) como um grupo terrorista. Em suas declarações, ele citou a Argentina e o Paraguai como exemplos de países que adotaram essa medida contra organizações criminosas. A discussão sobre essa nova definição ganhou força após a megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão no dia 28 de outubro.
Em uma postagem nas redes sociais, Castro afirmou que a questão vai além da segurança pública local, caracterizando-a como um problema de âmbito internacional. A proposta de alteração na legislação antiterrorismo está em tramitação na Câmara dos Deputados desde março, buscando incluir facções como o CV e o PCC (Primeiro Comando da Capital) na lei.
Impacto da operação Contenção
A operação Contenção, que ocorreu no Rio de Janeiro, resultou na prisão de 113 pessoas, das quais cerca de 40% não eram do estado. A Secretaria de Polícia Civil informou que os detidos têm ligações com oito estados diferentes, incluindo Pará, Amazonas e Bahia. Além disso, a operação resultou na morte de 117 indivíduos, com 39 deles sendo de outros estados.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou que entre os mortos estavam líderes do tráfico de diversas regiões. A operação gerou um aumento significativo na aprovação do governo de Cláudio Castro, que passou de 43% em agosto para 53% no final de outubro, conforme pesquisa da Genial/Quaest.
Reações e implicações políticas
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou a proposta de classificar traficantes como terroristas, afirmando que isso poderia levar a uma intervenção externa. Ele argumentou que essa medida beneficiaria apenas alguns políticos, como Flávio Bolsonaro, que defendem uma intervenção militar estrangeira no Brasil para combater o narcotráfico.
A discussão sobre a classificação do CV como grupo terrorista continua a gerar polêmica e debate entre os políticos, refletindo a complexidade da situação da segurança pública no Brasil.
Fonte por: Poder 360
