Congresso votará MP do IOF nesta quarta-feira

Alternativa ao aumento do imposto deve ser aprovada até as 23h59 para não perder a validade, segundo o Poder360.

08/10/2025 8:15

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Hugo Motta
Hugo Motta

Votação da MP do IOF no Congresso

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem votar, nesta quarta-feira (8 de outubro de 2025), a Medida Provisória 1.303 de 2025, que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma alternativa ao aumento do IOF.

É crucial que a proposta seja aprovada até às 23h59 de hoje, caso contrário, perderá a validade, o que resultará em uma queda na arrecadação prevista e complicará o planejamento fiscal para o próximo ano.

Andamento da Proposta no Congresso

O texto da MP foi aprovado na terça-feira (7 de outubro) por uma comissão especial do Congresso, com um placar de 13 votos a favor e 12 contra. A votação em plenário, que estava agendada para o mesmo dia, foi adiada devido a preocupações com uma possível derrota do governo.

A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, fez concessões para facilitar a aprovação da MP e minimizar os impactos financeiros. Inicialmente, o governo esperava arrecadar R$ 30 bilhões até 2026, mas com as alterações, esse valor deve ser reduzido, exigindo uma reavaliação do Orçamento para o ano eleitoral de 2026.

Detalhes da MP do IOF

A Medida Provisória 1.303 de 2025 foi publicada em junho para compensar a perda de arrecadação após um embate com o Congresso sobre o aumento do IOF. O governo havia editado um decreto que elevava o imposto, mas o Congresso aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspendeu essa medida.

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que restabeleceu a medida, o governo enviou a MP ao Congresso para compensar a perda de arrecadação. As medidas provisórias têm força de lei, mas precisam ser aprovadas em até 120 dias para não perderem a validade.

Comparativo das Propostas

Principais pontos da MP original:

  • LCI e LCA – aumento do Imposto de Renda sobre investimentos de renda fixa para 5%;
  • Bets – elevação da alíquota sobre a receita bruta das empresas de apostas de 12% para 18%;
  • JCP (Juros sobre Capital Próprio) – aumento de 15% para 20%;
  • Fintechs – aumento da alíquota de 9% para 15% ou 20%.

Alterações no texto aprovado pela comissão especial:

  • LCI e LCA – isentas;
  • Bets – carga tributária mantida, sem aumento;
  • JCP – alíquota fixada em 18%;
  • Fintechs – alíquota de 9% mantida.

Fonte por: Poder 360

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