Conselheiros de clube: guardiões teóricos, mas como atuam na prática?

Cenário desolador em clubes como São Paulo e Corinthians hoje

22/12/2025 17:20

2 min de leitura

Romeu Tuma Júnior

O Papel do Conselheiro em Clubes de Futebol

O conselheiro em um clube de futebol desempenha uma função essencial, conforme descrito nos estatutos. Ele representa os sócios, fiscaliza a gestão e analisa contas, orçamentos e decisões administrativas significativas. Além disso, os conselheiros deliberam sobre questões importantes, como reformas estatutárias, concessão de títulos honorários e investigações de irregularidades.

Esses profissionais também têm a responsabilidade de eleger ou aprovar nomes para cargos-chave na diretoria e participar dos processos eleitorais. Eles são fundamentais na tomada de decisões estratégicas, como a transformação do clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em teoria, os conselheiros são os guardiões do clube, mas a realidade muitas vezes não reflete essa descrição ideal.

Cenário Atual nos Clubes

Atualmente, a situação em clubes como São Paulo e Corinthians é preocupante. As gestões têm enfrentado uma série de escândalos e resultados insatisfatórios, tanto dentro quanto fora de campo. Isso levanta a questão sobre a atuação dos conselheiros nesses clubes. É difícil acreditar que um grande número de pessoas, muitas delas experientes e com acesso a informações privilegiadas, permaneçam alheias à realidade. A falta de ação diante de evidências claras de má gestão é alarmante.

As dúvidas sobre a aprovação de decisões questionáveis são inevitáveis. Por que os conselheiros continuam a apoiar gestões que falham repetidamente? Algumas possíveis razões incluem:

  • Idolatria ao presidente ou à diretoria atual;
  • Cegueira em relação à própria responsabilidade;
  • Crença de que o caos não os afetará pessoalmente;
  • Confiança nas promessas dos gestores;
  • Conforto em votar em bloco, mesmo com a transparência dos votos.

Reflexão Final

Ser conselheiro não é apenas um cargo honorário, mas uma função de fiscalização e proteção do patrimônio coletivo. Quando essa função falha, o clube como um todo sofre as consequências. A reflexão fica para sócios e torcedores: até quando será aceitável que os guardiões, que deveriam zelar pelo bem do clube, continuem inertes diante de problemas evidentes?

Fonte por: Jovem Pan

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