COP30: texto decepciona estratégia do Brasil para eliminar combustíveis fósseis

Resultados da COP30 e a Questão dos Combustíveis Fósseis

A Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conhecida como COP30, não incluiu um plano para o abandono dos combustíveis fósseis, uma demanda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento final, intitulado “Mutirão Global: unindo a humanidade em uma mobilização global contra a mudança climática”, foi apresentado no dia 22 de novembro de 2025.

A aprovação do texto ocorreu após intensas discussões entre os negociadores, com resistência de países dependentes do petróleo, como a Arábia Saudita, em relação ao abandono desses combustíveis, que são considerados os principais responsáveis pelo aquecimento global.

Reações e Expectativas Futuras

A decisão de não incluir o tópico sobre combustíveis fósseis gerou descontentamento entre ambientalistas e nações que buscavam um texto mais enfático sobre a transição energética e a redução do uso de recursos fósseis. André Corrêa do Lago, presidente da COP30, comentou que a questão não foi totalmente descartada e que será uma iniciativa da presidência brasileira.

Ele destacou que a proposta deverá ser elaborada e apresentada pelo Brasil na próxima cúpula. Apesar da ausência do plano de abandono dos combustíveis fósseis, o texto final trouxe avanços significativos, como a aceleração do corte de emissões conforme o Acordo de Paris e um aumento no financiamento para ações climáticas, que deve alcançar cerca de US$ 1,3 trilhão por ano até 2035, com foco na contribuição dos países desenvolvidos.

Encerramento da COP30

A cúpula, que teve início em 10 de novembro, estava prevista para encerrar no dia 21, mas se estendeu até o dia seguinte devido a impasses nas negociações do texto final. É comum que as cúpulas do clima passem por prorrogações para resolver questões pendentes. Com a aprovação do documento, a COP30 chega ao seu término.

Fonte por: Poder 360