Correios Planejam Demissões em Massa e Reestruturação Financeira
Os Correios anunciaram que devem demitir 15 mil funcionários como parte do novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV), um número 50% maior do que o inicialmente previsto, que era de 10 mil desligamentos. A expectativa é que 10 mil demissões ocorram em 2026 e 5 mil em 2027.
Em comunicado, a empresa afirmou que o PDV está sendo elaborado com base em estudos técnicos e que o foco é garantir adesão voluntária, visando um impacto positivo nos custos fixos a médio prazo. A intenção é ajustar o quadro de funcionários de forma responsável, sem causar rupturas e valorizando a história da empresa.
Busca por Aporte Financeiro e Ajustes no Empréstimo
Para obter um aporte emergencial de R$ 6 bilhões do Tesouro ainda em dezembro, os Correios planejam apresentar uma nova proposta à equipe econômica. A ideia é reduzir o valor do empréstimo que estava em negociação, que agora deve variar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
Fontes internas indicam que esse valor seria suficiente para garantir o pagamento de salários, 13º e fornecedores, evitando atrasos. A expectativa é que o aporte cubra o déficit de 2025 e reequilibre as finanças da empresa no curto prazo.
Reestruturação e Futuro dos Correios
A mudança de estratégia ocorre após a rejeição de uma proposta anterior de empréstimo de R$ 20 bilhões, considerada de alto risco pela equipe econômica. A gestão dos Correios acredita que é necessário diversificar o portfólio de bancos, mas a situação política atual diminuiu o apetite do mercado por novos empréstimos.
A nova abordagem visa diminuir o valor do empréstimo para atrair mais instituições financeiras e conseguir taxas de juros mais baixas. A direção da empresa enfatiza a importância de manter a liquidez e a continuidade operacional, com a meta de entregar 95% das encomendas no prazo até janeiro de 2026.
Conclusão e Expectativas Futuras
A reestruturação prevista para 2025-2027 será focada na preservação de empregos e na saúde financeira da empresa. A expectativa é que o aporte emergencial e o PDV ampliado criem condições para um crédito mais acessível em 2026, aumentando as chances de aprovação pelo Tesouro.
O governo, por sua vez, deixou claro que qualquer liberação de recursos dependerá da aprovação de um plano de recuperação, conforme declarado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ressaltou a necessidade de contrapartidas claras e alinhamento às regras fiscais.
Fonte por: CNN Brasil
