Reestruturação nos Correios pode resultar em 15 mil demissões até 2027
O presidente dos Correios, Emanuel Rondon, anunciou um plano de reestruturação financeira que prevê a redução de até 15 mil postos de trabalho até 2027. A iniciativa visa conter o aumento das despesas fixas, reequilibrar as contas da empresa e recuperar a capacidade operacional.
Atualmente, a folha de pagamento representa cerca de 62% do orçamento da estatal, podendo chegar a 72% ao considerar precatórios. Esse alto comprometimento da receita limita os investimentos, reduz a margem de caixa e afeta a competitividade da empresa em um mercado cada vez mais acirrado.
Detalhes do plano de reestruturação
O plano prevê uma redução gradual de até 10 mil postos de trabalho até 2026, seguida de mais 5 mil desligamentos até 2027. O processo será escalonado, priorizando programas de desligamento voluntário, aposentadorias e ajustes internos, com o intuito de minimizar os impactos operacionais.
Além dos cortes, a proposta inclui a revisão de funções e processos, com a redistribuição de atividades, eliminação de sobreposições operacionais e reorganização das áreas administrativas. O objetivo é tornar a estrutura mais enxuta e alinhada às novas demandas do setor logístico, que requer maior agilidade e integração tecnológica.
Consequências e objetivos da reestruturação
A direção dos Correios considera a redução do quadro de pessoal inevitável diante do atual cenário financeiro. Sem essa medida, a empresa corre o risco de enfrentar um ciclo de aumento de despesas, queda de investimentos e deterioração da qualidade dos serviços, o que pode agravar ainda mais o déficit projetado para os próximos anos.
Essa estratégia é vista como essencial para aumentar a eficiência, reduzir custos recorrentes e liberar recursos orçamentários para investimentos em modernização e melhoria da malha logística. Emanuel Rondon enfatiza que o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e sustentabilidade operacional será crucial para garantir a continuidade e competitividade dos Correios no médio e longo prazo.
Fonte por: Jovem Pan
