CPI do INSS confisca celular de suspeito de desvio de R$ 700 milhões
Igor Dias Delecrode depõe à comissão e tem celular apreendido nesta segunda-feira (10.nov). Confira no Poder360.
CPMI do INSS Apreende Celular de Empresário Envolvido em Esquema de Aposentadorias
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta segunda-feira (10 de novembro de 2025), um requerimento para apreender o celular de Igor Dias Delecrode, ex-dirigente de uma associação suspeita de movimentar R$ 700 milhões provenientes de pagamentos de aposentadorias. Durante sua participação na comissão, Delecrode optou por permanecer em silêncio na maior parte do depoimento.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), justificou a apreensão como uma medida para “garantir a integridade das investigações”. No entanto, Igor não forneceu à Polícia Legislativa a senha do dispositivo apreendido.
Recusa em Responder Perguntas e Críticas à Blindagem
Igor Dias Delecrode, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, se negou a responder a maioria das perguntas feitas pelos membros da comissão. Essa decisão permite que o depoente não responda a perguntas que possam incriminá-lo.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), criticou a decisão do STF e também a postura de outros congressistas, afirmando que “a blindagem pela própria comissão é uma vergonha”. Ele destacou que os envolvidos no esquema receberam juntos R$ 10 milhões de dinheiro desviado, e que essa proteção dificulta o avanço das investigações.
Investigação da AASAP e Implicações
A AASAP (Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionistas), liderada por Igor, está sendo investigada por realizar descontos ilegais em benefícios e aposentadorias, totalizando cerca de R$ 700 milhões. Durante seu depoimento, Delecrode se recusou a assinar o termo de compromisso de dizer a verdade.
O relator da CPMI, Alfredo Gaspar, expressou indignação, afirmando que “o silêncio desse rapaz é um tapa na cara do povo brasileiro”. Ele também questionou a decisão de Gilmar Mendes ao conceder o habeas corpus, ressaltando que um depoente de baixa renda não teria as mesmas oportunidades de proteção legal, enquanto o empresário “escolheu debochar pois está blindado”.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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