Daniel Vorcaro é liberado da prisão em SP com tornozeleira eletrônica
Empresário é detido em 17 de novembro por suspeita de liderar esquema de fraude no Sistema Financeiro Nacional.
Daniel Vorcaro é solto após decisão judicial
O empresário Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, foi liberado do Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos na manhã deste sábado (29 de novembro de 2025). Ele havia sido preso pela Polícia Federal em um caso relacionado ao Banco Master e teve sua soltura determinada na sexta-feira (28 de novembro) pela juíza Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Vorcaro deverá cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
A juíza argumentou que os crimes atribuídos a Vorcaro não envolvem violência ou ameaça grave, e que não há risco atual à ordem pública que justifique a manutenção da prisão preventiva. A decisão também destaca que medidas cautelares podem ser suficientes para garantir a aplicação da lei penal.
Medidas cautelares impostas
As medidas cautelares determinadas pela juíza incluem:
- Comparecimento periódico em juízo, com prazos e condições definidos pelo juiz;
- Proibição total de contato com investigados, testemunhas e ex-funcionários do Banco Master e BRB;
- Proibição de sair do município sem autorização judicial, além da retenção do passaporte;
- Suspensão de atividades econômicas, impedindo Vorcaro de gerir ou administrar empresas;
- Monitoração eletrônica obrigatória para garantir o cumprimento das medidas.
Além de Vorcaro, outros investigados tiveram suas prisões revogadas, incluindo Augusto Ferreira Lima e Luiz Antonio Bull.
Contexto da prisão de Vorcaro
Daniel Vorcaro foi preso em 17 de novembro no Aeroporto de Guarulhos, quando tentava embarcar para os Emirados Árabes Unidos. A operação da Polícia Federal, que resultou em sua detenção, visava evitar uma possível fuga. Ele é suspeito de liderar um esquema de fraude no Sistema Financeiro Nacional, com a prisão ocorrendo durante a operação Compliance Zero, que também resultou na detenção de outros envolvidos.
A investigação começou em 2024, após o Banco Central identificar irregularidades no Banco Master, que culminaram em uma fraude estimada em R$ 12 bilhões. O Banco Central decidiu colocar a instituição sob administração especial temporária e decretar sua liquidação.
A defesa de Vorcaro havia solicitado um habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, argumentando que não havia evidências concretas que justificassem a prisão. A decisão do TRF-1 de manter a prisão foi contestada pelos advogados do empresário.
Desdobramentos e implicações
A soltura de Daniel Vorcaro e as medidas cautelares impostas levantam questões sobre a eficácia do sistema judicial em lidar com casos de grande complexidade financeira. A situação do Banco Master e as investigações em curso continuam a ser monitoradas pelas autoridades competentes.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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