Decreto do governo Lula pode trazer benefícios ao MST; entenda!

Plano Nacional promove ações coletivas para proteger defensores de direitos humanos, priorizando iniciativas no campo. Confira no Poder360.

14/11/2025 18:15

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(Imagem de reprodução da internet).

Decreto 12.710 de 2025 Institui Plano Nacional de Proteção a Defensores de Direitos Humanos

O decreto 12.710, publicado em 5 de novembro de 2025 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece o Plano Nacional de Proteção a Defensoras e Defensores de Direitos Humanos. Essa iniciativa pode beneficiar integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao incluir “defensores do campo” e “agricultores familiares” entre os grupos prioritários de proteção.

O plano prevê ações como regularização fundiária, acesso à terra e medidas de segurança em áreas de conflito, temas que estão diretamente relacionados à atuação do MST. O objetivo é articular políticas e programas que garantam a proteção integral de pessoas e comunidades que defendem os direitos humanos.

Ações Prioritárias do Plano

O texto do decreto destaca a proteção coletiva, popular e territorial, com foco em diversas comunidades, incluindo:

  • Comunidades indígenas;
  • Quilombolas e povos tradicionais;
  • Comunicadores e ambientalistas;
  • Defensoras e defensores do campo e das periferias urbanas;
  • Agricultores e agricultoras familiares.

Embora o MST não seja mencionado diretamente, o decreto aborda questões que se alinham com as demandas do movimento, como:

  • Defensores do campo: O plano reconhece militantes do MST como defensores vulneráveis, permitindo sua inclusão em medidas protetivas.
  • Regularização fundiária e acesso à terra: O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar será responsável por apoiar a proteção de defensores rurais, promovendo políticas de etnodesenvolvimento e apoio à agricultura familiar.
  • Proteção coletiva a comunidades organizadas: O decreto prioriza a proteção de comunidades rurais organizadas, como acampamentos e assentamentos do MST, que enfrentam litígios e ameaças.
  • Segurança em conflitos agrários: O Ministério da Justiça atuará na segurança pública e na prevenção de conflitos envolvendo defensores de direitos humanos, incluindo situações de tensão agrária relacionadas ao MST.
  • Participação social: A implementação do plano contará com a participação da sociedade civil, permitindo que organizações do campo, incluindo aquelas ligadas ao MST, contribuam para o monitoramento e formulação de políticas de proteção.

Execução do Plano

Uma portaria conjunta dos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça, em colaboração com outras pastas, deverá detalhar as ações do Plano até 5 de dezembro de 2025, um mês após a publicação do decreto. O financiamento das ações dependerá de recursos da União, Estados e municípios, além de parcerias com entidades privadas e organismos internacionais.

Além disso, o decreto estabelece a criação de um comitê paritário entre governo e sociedade civil para acompanhar a execução e avaliação das medidas propostas.

Fonte por: Poder 360

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