Defensoria solicita ao STF a rejeição da denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro
DPU afirma que acusação não prova que deputado pode aplicar sanções econômicas de Donald Trump ao Brasil
Defensoria Pública defende Eduardo Bolsonaro em acusação de coação
A Defensoria Pública da União (DPU) apresentou, na última sexta-feira (31), a defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em relação à acusação de coação, que foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A DPU solicita a rejeição da denúncia.
Na argumentação, a DPU afirma que a acusação não comprova que Eduardo tenha a capacidade de impor as sanções econômicas determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. A defensoria assumiu a representação do deputado, uma vez que ele não contratou um advogado para o caso.
Argumentos da Defesa
A DPU argumenta que Eduardo Bolsonaro não possui poder de decisão sobre a política externa dos Estados Unidos e não faz parte do governo americano. Além disso, a defesa destaca que atos de governo estrangeiro são expressões de soberania nacional e não resultam de determinações de um parlamentar brasileiro.
Outro ponto levantado pela DPU é a nulidade do processo, uma vez que as ações de Eduardo teriam sido direcionadas contra o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Dificuldades na Comunicação
A defensoria também mencionou a dificuldade em contatar Eduardo Bolsonaro, o que impediu a elaboração de uma defesa efetiva. A DPU não conseguiu obter a versão do deputado sobre os fatos, documentos ou orientações sobre a estratégia de defesa.
Notificação e Procedimentos Legais
Na semana anterior, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da DPU para notificar Eduardo Bolsonaro por meio de carta rogatória, um procedimento que depende da cooperação das autoridades americanas e pode ser demorado. O ministro observou que o deputado, mesmo residindo no Brasil, está criando obstáculos para ser notificado.
A Comissão de Ética da Câmara dos Deputados também enfrentou dificuldades para notificar o deputado durante a tramitação de uma representação contra ele, apesar de manter um gabinete ativo na Casa Legislativa.
Conclusão sobre a Representação
A defesa de Eduardo na Comissão de Ética também foi realizada pela DPU, que resultou no arquivamento da representação contra o parlamentar. O Partido dos Trabalhadores (PT), autor da ação, solicitava a cassação de Eduardo em razão de suas ações, que foram interpretadas como tentativas de influenciar sanções do governo americano ao STF e ao governo brasileiro.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
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