Defesa de Silvinei Vasques se Pronuncia sobre Acusações
A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), refutou as alegações de que ele teria ordenado o bloqueio de rodovias no Nordeste durante as eleições de 2022. O advogado Eduardo Pedro Nostrani, em sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que Silvinei foi alvo de uma “tempestade midiática” e nunca instruiu seus subordinados a dificultar o transporte de eleitores, especialmente os que apoiavam Luiz Inácio Lula da Silva.
Argumentos da Defesa
Segundo a defesa, as operações da PRF foram realizadas com base em dados técnicos que consideravam fatores como acidentes e fluxo de veículos. O advogado enfatizou que Silvinei seguiu as diretrizes do Ministério da Justiça para garantir a segurança durante o processo eleitoral, conforme estabelecido pelas superintendências regionais da PRF.
O advogado argumentou que as ordens recebidas por Silvinei eram operacionais e não absurdas, e que ele não poderia prever o impacto que a presença ostensiva da PRF teria sobre os eleitores. Ele também defendeu que não se pode punir alguém por cumprir ordens do então ministro Anderson Torres, que foi condenado a 24 anos de prisão por sua participação em um esquema golpista.
Críticas à Investigação da PF
O advogado criticou a investigação da Polícia Federal, alegando que não buscou informações dos agentes da PRF e tratou a corporação de maneira desrespeitosa. Ele afirmou que a imagem de Silvinei foi injustamente manchada e expressou confiança de que a Suprema Corte restaurará sua reputação.
Durante a audiência, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia ressaltaram que, no dia das eleições do 2º turno, a PRF não contatou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para justificar suas ações, e Moraes determinou o fim imediato dos bloqueios.
Acusações do Núcleo 2 da Tentativa de Golpe
A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que um grupo de indivíduos ocupava posições estratégicas no governo e atuou para manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota eleitoral. As acusações incluem o uso de cargos públicos para realizar ações coordenadas, que vão desde a elaboração de uma “minuta do golpe” até o planejamento de atos violentos e tentativas de interferir no processo eleitoral.
Entre os denunciados estão figuras como Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF. A PGR também alega que houve um direcionamento das operações da PRF para dificultar o fluxo de eleitores do Nordeste, onde Lula teve uma vantagem significativa nas eleições.
Conclusão
A defesa de Silvinei Vasques continua a contestar as alegações feitas contra ele, enquanto a investigação avança. A situação destaca a complexidade das operações da PRF durante as eleições e as implicações legais que podem surgir a partir das ações de seus membros. O desfecho deste caso poderá ter repercussões significativas no cenário político e jurídico do Brasil.
Fonte por: Poder 360
