Defesa argumenta que Bolsonaro não removeu tornozeleira e solicita prisão domiciliar
Médicos afirmam que Bolsonaro está com saúde ‘estável’ após manifestação contra decisão de Alexandre de Moraes
Bolsonaro admite ter danificado tornozeleira eletrônica
O ex-presidente Jair Bolsonaro reconheceu ter utilizado um ferro de solda para tentar abrir sua tornozeleira eletrônica. A informação foi confirmada por sua defesa em uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Defesa alega que não houve tentativa de fuga
A defesa de Bolsonaro argumentou que, apesar do dano à tornozeleira, ele não tentou removê-la. Além disso, os advogados destacaram que o ex-presidente estava sob efeito de medicações que poderiam ter causado “pensamentos persecutórios e distantes da realidade”.
Justificativas médicas
Os advogados de Bolsonaro, Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, afirmaram que não há evidências de uma tentativa de fuga, mas sim um comportamento que pode ser explicado por um quadro de confusão mental. Eles citam um boletim médico que sugere que a interação de medicamentos pode ter contribuído para esse estado.
Resposta ao STF e visita médica
A manifestação da defesa ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes solicitar esclarecimentos sobre o incidente. Moraes havia determinado a prisão de Bolsonaro devido ao risco de fuga. Após as justificativas, a defesa pediu a reconsideração da prisão preventiva e a análise de um pedido de prisão domiciliar.
Acompanhamento médico
Os médicos Leandro Echenique e Claudio Birolini, que acompanham a saúde de Bolsonaro, informaram ao STF que o ex-presidente estava estável durante a visita na Superintendência da PF em Brasília. Eles relataram que Bolsonaro apresentou um quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso de um medicamento chamado Pregabalina.
Interações medicamentosas
Os médicos alertaram que a Pregabalina pode causar efeitos colaterais significativos, incluindo confusão mental e alucinações, especialmente quando interage com outros medicamentos que Bolsonaro já estava utilizando. O uso desse medicamento foi suspenso imediatamente, e os médicos continuam a monitorar a evolução clínica do ex-presidente.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
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