Defesa de Stefanutto alega ilegalidade na prisão do ex-presidente do INSS

Prisão de Alessandro Stefanutto é considerada ilegal pela defesa

A defesa de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), declarou que sua prisão, realizada pela Polícia Federal na quinta-feira (13 de novembro de 2025), é “completamente ilegal”. A detenção ocorreu durante uma nova fase da operação Sem Desconto.

Os advogados de Stefanutto afirmaram que não tiveram acesso à decisão que resultou na prisão e expressaram confiança de que conseguirão provar a inocência do ex-presidente. Stefanutto foi demitido em abril, após a revelação de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS.

Outros envolvidos na operação

Além de Stefanutto, a operação também mirou o ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira, o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA), que foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Stefanutto, que é ligado ao PDT, presidiu o INSS de julho de 2023 até abril de 2025, quando foi afastado. Ele foi indicado ao cargo pelo então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).

Trajetória profissional de Stefanutto

No INSS, Stefanutto liderou a implementação do sistema Siccau e ocupou cargos como diretor de orçamento, finanças e logística antes de assumir a presidência. Ele também participou do gabinete de transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, atuando como consultor em assuntos de Previdência Social.

Formação e experiência

Antes de sua passagem pelo INSS, Alessandro Stefanutto trabalhou em instituições como o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Receita Federal e o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele é graduado em Direito pela Universidade Mackenzie, possui pós-graduação em gestão de projetos e é mestre em gestão e sistemas de seguridade social pela Universidade de Alcalá, na Espanha.

Nota da defesa de Stefanutto

A defesa de Alessandro Stefanutto divulgou uma nota esclarecendo sua posição:

• Não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão;
• Considera a prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado embaraços à apuração e colaborou desde o início;
• Buscará as informações que fundamentaram o decreto para tomar as providências necessárias;
• Segue confiante de que comprovará a inocência ao final dos procedimentos relacionados ao caso.

Fonte por: Poder 360