Defesa refuta alegações sobre uso de LinkedIn por Filipe Martins

Defesa refuta uso de LinkedIn por Filipe Martins; advogados afirmam que utilizam contas digitais desde sua prisão em 2024.

31/12/2025 18:30

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Filipe Martins, ex-assessor do governo Bolsonaro

Defesa de Filipe Martins se Pronuncia sobre Condenação

A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, condenado a 21 anos de prisão, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele nunca utilizou a rede social LinkedIn. A manifestação foi protocolada em 31 de dezembro de 2025, após o ministro Alexandre de Moraes ter dado um prazo de 24 horas para esclarecimentos, sob risco de prisão preventiva.

A petição foi uma resposta ao despacho de Moraes, que ocorreu no dia anterior, quando surgiram informações de que Martins teria acessado o LinkedIn para consultar perfis de terceiros. O ministro alertou que o descumprimento das medidas cautelares poderia resultar em prisão preventiva, conforme o artigo 312 do Código de Processo Penal.

Argumentos da Defesa

Os advogados de Martins afirmam que ele nunca teve uma conta ativa no LinkedIn e não fez qualquer manifestação pública na plataforma. Desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi decretada sua prisão preventiva, o acesso às contas digitais do ex-assessor está sob controle exclusivo de seus advogados, com o objetivo de preservar dados e identificar contatos relevantes para sua defesa.

Segundo a defesa, não houve publicações, interações ou envio de mensagens em nome de Martins, e eles sustentam que a atuação foi técnica e institucional, em conformidade com as determinações judiciais.

Prisão Domiciliar e Medidas Cautelares

Em 27 de dezembro de 2025, Moraes determinou a prisão domiciliar de Filipe Martins, em resposta à tentativa de fuga de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. Uma das restrições impostas a Martins foi a proibição do uso de redes sociais, tanto próprias quanto de terceiros.

O ministro destacou o risco de evasão de investigados envolvidos na tentativa de golpe de Estado, mencionando o caso de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, que está foragido no exterior. Martins é um dos 10 investigados que estão sob prisão domiciliar por determinação do STF.

Regras a Serem Cumpridas pelos Investigados

Os investigados devem seguir uma série de medidas cautelares, incluindo:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Proibição de uso de redes sociais, próprias ou de terceiros;
  • Restrições de contato com outros investigados;
  • Entrega de passaportes e impedimento de saída do país;
  • Suspensão de registros de armas;
  • Limitação de visitas, exceto para advogados autorizados.

Fonte por: Poder 360

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