Polícia Federal se opõe a mudanças no projeto antifacção
A Polícia Federal (PF) manifestou sua preocupação, nesta segunda-feira (10), em relação a uma proposta de alteração no projeto antifacção, apresentada pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Em comunicado oficial, a PF destacou que as mudanças sugeridas podem comprometer suas atribuições essenciais na investigação e combate ao crime organizado, alertando que isso pode enfraquecer a eficácia das operações contra organizações criminosas.
Segundo a PF, o texto em discussão ameaça o objetivo inicial de fortalecer o combate ao crime e melhorar o enfrentamento às organizações criminosas. A corporação enfatizou que as modificações propostas podem colocar em risco o interesse público, reduzindo sua capacidade de agir de forma autônoma e eficiente.
Impactos da proposta no combate ao crime
A proposta em análise no Congresso Nacional, segundo o Governo Federal, visa endurecer as penas e fortalecer as instituições responsáveis pelo enfrentamento às organizações criminosas. No entanto, a Polícia Federal alertou que as mudanças sugeridas podem enfraquecer esse objetivo, colocando em risco os avanços obtidos nas últimas décadas no combate a crimes como corrupção e tráfico de drogas.
A principal alteração proposta limita a atuação da Polícia Federal em investigações, restringindo-a a pedidos feitos por governos estaduais. A PF considera que essa mudança pode comprometer operações contra o crime organizado e diminuir o alcance das investigações, alertando que a autorização dos governos estaduais para a atuação da PF representa um risco real de enfraquecimento no combate a organizações criminosas de grande porte.
Consequências das mudanças propostas
A Polícia Federal ressaltou que, se as novas regras já estivessem em vigor, diversas operações recentes de sucesso contra o crime organizado não teriam ocorrido. A corporação afirmou que investigações que resultaram na desarticulação de organizações criminosas poderosas não teriam sido possíveis com as mudanças sugeridas.
Além de restringir as competências da PF, a proposta pode representar um retrocesso significativo no enfrentamento a crimes como corrupção, tráfico de drogas e desvios de recursos públicos. A PF destacou que essas modificações comprometem o alcance e os resultados das investigações, enfraquecendo o combate a crimes que afetam a sociedade como um todo.
Próximos passos e vigilância da PF
A proposta ainda está sendo analisada pelo Congresso, e sua aprovação poderá alterar a dinâmica do combate ao crime no Brasil. A Polícia Federal permanece atenta às discussões, reforçando a necessidade de manter sua independência e capacidade investigativa para garantir a segurança da população e o combate efetivo às organizações criminosas.
Fonte por: Jovem Pan
