Diretor da PF elogia PEC da Segurança e pede ao Congresso foco em terrorismo e crime organizado

Andrei Rodrigues destaca que combate a grupos terroristas é ‘responsabilidade exclusiva’ da corporação

24/11/2025 0:50

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(Imagem de reprodução da internet).

Diretor da Polícia Federal Defende Distinção entre Terrorismo e Crime Organizado

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, enfatizou a importância de não confundir terrorismo com crime organizado, ao comentar sobre o Projeto de Lei (PL) Antifacção. Ele destacou que o combate ao terrorismo é uma atribuição exclusiva da PF e que a proposta terá apoio da instituição se for tratada dentro do contexto correto da legislação.

Em entrevista ao programa Canal Livre, Rodrigues afirmou que a confusão entre os dois conceitos pode prejudicar investigações, pois cada um possui fins e mecanismos de enfrentamento distintos. Ele ressaltou que a proposta deve ser discutida de forma a respeitar essas diferenças.

Operação no Rio de Janeiro e Desafios do Crime Organizado

Sobre a Megaoperação Contenção, realizada em outubro nos complexos do Alemão e da Penha, Rodrigues afirmou que é fundamental identificar lideranças e implementar ações efetivas no combate ao crime organizado. Ele criticou ações que não trazem resultados concretos e defendeu a necessidade de coordenação entre as forças de segurança.

Atualmente, a PF conta com cerca de 13 mil policiais e 2 mil servidores administrativos. Rodrigues destacou a diversidade de atividades da instituição, que vão além da polícia judiciária, incluindo áreas como imigração e fiscalização de segurança em agências bancárias. Ele concluiu que é necessário ampliar o efetivo da PF para enfrentar os desafios atuais.

Investimentos e Tecnologia na Segurança Pública

Rodrigues também abordou a importância de investir em tecnologias e ferramentas que aumentem a capacidade operacional da PF. Ele defendeu a ampliação do número de indiciamentos e a melhoria da qualidade das operações, visando a descapitalização do crime organizado.

O diretor-geral afirmou que a atividade de inteligência e investigação deve ser complementada por ações mais contundentes, como a retomada de territórios, especialmente em referência à operação no Rio de Janeiro.

Defesa da PEC da Segurança Pública

Na mesma entrevista, Rodrigues defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa ampliar a coordenação no enfrentamento ao crime organizado, sem retirar competências dos Estados. Ele destacou a necessidade de uma atuação mais integrada entre as forças estaduais, considerando que o crime é cada vez mais transnacional.

O diretor-geral ressaltou que a PEC traz responsabilidades adicionais para a União, permitindo uma comunicação mais eficaz entre bancos de dados e o financiamento de fundos de segurança. Ele enfatizou que a segurança pública é um tema caro e que a proposta do governo apresenta um bom caminho para resolver essas questões.

Rodrigues finalizou afirmando que a PEC proporcionará uma base jurídica sólida para a coordenação entre os Estados, citando a falta de comunicação entre boletins de ocorrência como um exemplo da necessidade de melhorias. A proposta, apresentada em abril, está atualmente em análise na Câmara dos Deputados.

Fonte por: Estadao

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